tag:blogger.com,1999:blog-27992542184359019012023-11-16T08:46:06.155-03:00LiteraturaLiteratura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.comBlogger47125tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-7786779566237988782013-06-14T08:18:00.001-03:002013-06-14T08:20:22.350-03:00 1942 A Conquista do Paraiso<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="200" src="http://www.youtube.com/embed/nn7qyNVhNwI?rel=0" width="360"></iframe><br />Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-80347878912183413942012-11-23T11:53:00.002-02:002013-06-14T08:11:09.799-03:00Os Fantasticos Livros voadores<div style="text-align: center;">
<object height="520" width="300"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/eHxebCIXavw?version=3&hl=pt_BR&rel=0"></param>
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Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-35592654717798846172012-02-14T19:54:00.003-02:002012-02-14T20:00:43.270-02:00Ol livro é passaporte...O livro é passaporte, é bilhete de partida.<br /><br /><span style="font-family:arial;">As palavras são portas e janelas.</span><br /><span style="font-family:arial;">Cada palavra descortina um horizonte, cada frase anuncia outra estação.</span><br /><span style="font-family:arial;">Ter a palavra é,antes de tudo, munir-se para fazer-se menos indecifrável.</span><br /><span style="font-family:arial;">Ler é cuidar-se, rompendo com as grades do isolamento.</span><br /><span style="font-family:arial;">Ler é evadir-se como o outro, sem contudo perder-se nas várias faces da palavra.</span><br /><span style="font-family:arial;">Ler é encantar-se com as diferenças.</span>Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-64256506873004646952012-01-30T15:02:00.004-02:002013-06-14T08:12:05.581-03:00Lista de livros/fuvest-unicamp<div style="text-align: justify;">
Chegou a hora novamente de ler e reler as obras solicitadas nos vestibulares. Seria interessante lê-las com um olhar diferenciado daquele que vocês estão acostumados e ter o prazer e visistar épocas passadas,costumes diferentes e até identifcar-se com personagens tão distantes e próximas de nós.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aqui estão, falta agora debruçar sobre elas e sentir todas as emoções que não tenha duvidas elas estarão lá.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aproveite bem :</div>
<div style="text-align: justify;">
Viagens na minha terra, de Almeida Garrett;</div>
<div style="text-align: justify;">
- Til, de José de Alencar;</div>
<div style="text-align: justify;">
- Memórias de um sargento de milícias, deManuel Antônio de Almeida;</div>
<div style="text-align: justify;">
- Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis;</div>
<div style="text-align: justify;">
- O cortiço, de Aluísio Azevedo;</div>
<div style="text-align: justify;">
- A cidade e as serras, de Eça de Queirós;</div>
<div style="text-align: justify;">
- Vidas secas, de Graciliano Ramos;</div>
<div style="text-align: justify;">
- Capitães da areia, de Jorge Amado;</div>
<div style="text-align: justify;">
- Sentimento do mundo, de Carlos Drummond de Andrade.</div>
Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-83942781039231203782011-11-15T19:38:00.002-02:002011-11-15T19:40:32.521-02:00sinopse - A Cidade e as Serras - Eça de QueirósA CIDADE E AS SERRAS<br />Eça de Queirós<br />A Cidade e as Serras. Romance publicado em 1901, um ano depois do falecimento de Eça de Queirós, escrito em primeira pessoa, por José Fernandes, um personagem secundário, retrata a trajetória de Jacinto, um cidadão fanático pela vida urbana. Jacinto de formação positivista e acredita que o homem só é superiormente feliz, quando é superiormente civilizado, cujo regalo acontece num palacete em Paris, ancorado por todos os produtos da modernidade. Mas num certo momento é tomado por um tédio mortal, e então, convida seu amigo José Fernandes para ir para a serra.<br />A paisagem serrana provoca um deslumbramento em Jacinto, que se converte ao bucolismo, casa-se com Joaninha, tem filhos, mas não abandona o conforto da tecnologia. Jacinto trás para o campo o necessário da tecnologia para a melhoria dele. Constrói casas para os empregados, hospitais e escolas. Além, de mandar vir luz elétrica para todos. Finda aquietando-se na vida no campo.Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-37095518908495823802011-11-07T20:48:00.000-02:002011-11-07T20:50:55.714-02:00A Pata do Macaco<p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><strong><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> I</span></strong><span style="font-size:9.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; color:#555555;background:white"><o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Lá fora, a noite estava fria e úmida, mas na pequena sala de visitas de Labumum Villa os postigos estavam abaixados e o fogo queimava na lareira. Pai e filho jogavam xadrez: o primeiro tinha idéias sobre o jogo que envolviam mudanças radicais, colocando o rei em perigo tão desnecessário que até provocava comentários da velha senhora de cabelos brancos, que tricotava serenamente perto do fogo.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Ouça o vento — disse o Sr. White, que, tendo visto tarde demais um erro fatal, queria evitar que o filho o visse.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Estou escutando — disse o último, estudando o tabuleiro ao esticar a mão.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Xeque.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu duvido que ele venha hoje à noite — disse o pai, com a mão parada em cima do tabuleiro.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Mate — replicou o filho.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><taghw><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Essa é a desvantagem de se viver tão afastado — vociferou o Sr. White, com um a violência súbita e inesperada. — De todos os lugares desertos e lamacentos para se viver, este é o pior. O caminho é um atoleiro, e a estrada uma torrente. Não sei o que as pessoas têm na cabeça. Acho que, como só sobraram duas<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.essaseoutras.com.br/a-pata-do-macaco-parte-1-conto-de-w-w-jacob-the-monkeys-paw" style="border-bottom-color:initial"><span style="color:#0A4A11">casas</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>na estrada, elas acham que não faz mal.<o:p></o:p></span></taghw></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><taghw><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Não se preocupe, querido — disse a<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.essaseoutras.com.br/a-pata-do-macaco-parte-1-conto-de-w-w-jacob-the-monkeys-paw" style="border-bottom-color:initial"><span style="color:#0A4A11">esposa</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>em tom apaziguador. — Talvez você ganhe a próxima partida.<o:p></o:p></span></taghw></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><taghw><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O Sr. White levantou os olhos bruscamente a tempo de perceber uma troca de olhares entre<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.essaseoutras.com.br/a-pata-do-macaco-parte-1-conto-de-w-w-jacob-the-monkeys-paw" style="border-bottom-color:initial"><span style="color:#0A4A11">mãe</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>e filho. As palavras morreram em seus lábios, e ele escondeu um sorriso de culpa atrás da barba fina e grisalha.<o:p></o:p></span></taghw></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Aí vem ele — disse Herbert White, quando o portão bateu ruidosamente e passos pesados se aproximaram da porta.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O velho levantou-se com uma pressa hospitaleira e, ao abrir a porta, foi ouvido cumprimentando o recém chegado. Este também o cumprimentou, e a Sra. White tossiu ligeiramente quando o marido entrou na sala, seguido por um homem alto e corpulento, com olhos pequenos e nariz vermelho.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Sargento Morris — disse ele, apresentando-o.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><taghw><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O sargento apertou as mãos e, sentando-se no lugar que lhe ofereceram perto do fogo, observou<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.essaseoutras.com.br/a-pata-do-macaco-parte-1-conto-de-w-w-jacob-the-monkeys-paw" style="border-bottom-color:initial"><span style="color:#0A4A11">satisfeito</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>o anfitrião pegar uísque e copos, e colocar uma pequena chaleira de cobre no fogo.<o:p></o:p></span></taghw></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Depois do terceiro copo, seus olhos ficaram mais brilhantes, e ele começou a falar, o pequeno círculo familiar olhando com interessante este visitante de lugares distantes, quando ele empertigou os ombros largos na cadeira e falou de cenários selvagens e feitos intrépidos: de guerras, pragas e povos estranhos.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Vinte e um anos nessa vida — disse o Sr. White, olhando para a esposa e o filho. — Quando ele foi embora era um rapazinho no armazém. Agora olhem só para ele.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Ele não parece ter sofrido muitos reveses — disse a Sra. White amavelmente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu gostaria de ir à Índia — disse o velho — só para conhecer, compreende?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Você está bem melhor aqui — disse o sargento, sacudindo a cabeça. Pôs o copo vazio na mesa e, suspirando baixinho, sacudiu a cabeça novamente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu gostaria de ver aqueles velhos templos, os faquires e os nativos — disse o velho. — O que foi que você começou a me contar outro dia sobre uma pata de macaco ou algo assim Morris?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Nada — disse o soldado rapidamente. — Não é nada de importante.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Pata de macaco? — perguntou a Sra. White, curiosa.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Bem, é só um pouco do que se poderia chamar de magia, talvez — disse o sargento com falso ar distraído.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Os três ouvintes debruçaram-se nas cadeiras interessados. O visitante levou o copo vazio à boca distraidamente e depois recolocou-o onde estava. O dono da casa tornou a enchê–lo.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Aparentemente — disse o sargento, mexendo no bolso — é só uma patinha comum dissecada.</span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(85, 85, 85); font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(255, 255, 255); "> </span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Tirou uma coisa do bolso e mostrou-a. A Sra. White recuou com uma careta, mas o filho, pegando-a, examinou-a com curiosidade.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – E o que há de especial nela? — perguntou o Sr. White ao pegá–la da mão do filho e, depois de examiná–la, colocá–la sobre a mesa.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Foi encantada por um velho faquir — disse o sargento –, um homem muito santo. Ele queria provar que o destino regia a vida das pessoas, e que aqueles que interferissem nele seriam castigados. Fez um encantamento pelo qual três homens distintos poderiam fazer, cada um, três pedidos a ela.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> A maneira dele ao dizer isso foi tão solene que os ouvintes perceberam que suas risadas estavam um pouco fora de propósito.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Bem, por que não faz os seus três pedidos, senhor? — disse Herbert White astutamente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O soldado olhou para ele como olham as pessoas de meia–idade para um jovem presunçoso.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu fiz — disse ele calmamente, e seu rosto marcado empalideceu.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – E teve mesmo os três desejos satisfeitos? — perguntou a Sra. White.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Tive — disse o sargento, e o copo bateu nos dentes fortes.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – E alguém mais fez os pedidos? — insistiu a senhora.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – O primeiro homem realizou os três desejos — foi a resposta. — Eu não sei quais foram os dois primeiros, mas o terceiro foi para morrer. Por isso é que consegui a pata.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Seu tom de voz era tão grave que o grupo ficou em silêncio.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Se você conseguiu realizar os três desejos, ela não serve mais para você Morris — disse o velho finalmente. — Para que você guarda essa pata?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O soldado meneou a cabeça.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Por capricho, suponho — disse lentamente. — Cheguei a pensar em vendê–la, mas acho que não o farei. Ela já causou muitas desgraças. Além disso, as pessoas não vão comprar. Acham que é um conto de fadas, algumas delas; e as que acreditam querem tentar primeiro para pagar depois.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Se você pudesse fazer mais três pedidos — disse o velho, olhando para ele atentamente –, você os faria?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu não sei — disse o outro. — Eu não sei.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Pegou a pata e, balançando-a entre os dedos, de repente jogou-a no fogo.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> White, com um ligeiro grito, abaixou-se e tirou-a de lá.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – É melhor deixar que ela se queime — disse o soldado solenemente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Se você não quer mais, Morris — disse o outro –, me dá.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Não — disse o amigo obstinadamente. — Eu a joguei no fogo. Se você ficar com ela, não me culpe pelo que acontecer. Jogue isso no fogo outra vez, como um homem sensato.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O outro sacudiu a cabeça e examinou sua nova aquisição atentamente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Como você faz para pedir? — perguntou.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Segure a pata na mão direita e faça o pedido em voz alta — disse o sargento –, mas eu o advirto sobre as conseqüências.</span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(85, 85, 85); font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(255, 255, 255); "> </span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Parece um conto das Mil e uma noites — disse a Sra. White, ao se levantar e começar a pôr o jantar na mesa. — Você não acha que deveria pedir quatro pares de mão para mim?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Se quer fazer um pedido — disse ele asperamente –, peça algo sensato. O Sr. White colocou a pata no bolso novamente e, arrumando as cadeiras acenou para que o amigo fosse para a mesa. Durante o jantar o talismã foi parcialmente esquecido, e depois os três ficaram escutando, fascinados, um segundo capítulo das aventuras do soldado na Índia.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Se a história sobre a pata de macaco não for mais verdadeira do que as que nos contou — disse Herbert, quando a porta se fechou atrás do convidado, que partiu a tempo de pegar o último trem–, nós não devemos dar muito crédito a ela.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Você deu alguma coisa a ele por ela, papai? — perguntou a Sra. White, olhando para o marido atentamente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Pouca coisa — disse ele, corando ligeiramente. — Ele não queria aceitar, mas eu o fiz aceitar. E ele tornou a insistir que eu jogasse fora.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – É claro — disse Herbert, fingindo estar horrorizado. — Ora, nós vamos ser ricos, famosos e felizes. Peça para ser um imperador, papai, para começar, então você não vai ser mais dominado pela mulher.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Ele correu em volta da mesa, perseguido pela Sra. White armada com uma capa de poltrona.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O Sr. White tirou a pata do bolso e olhou para ela dubiamente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu não sei o que pedir, é um fato — disse lentamente. — Eu acho que tenho tudo o que quero.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Se você acabasse de pagar a casa ficaria bem feliz, não ficaria? — disse Herbert, com a mão no ombro dele. — Bem, peça 200 libras, então, isso dá.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O pai, sorrindo envergonhado pela própria ingenuidade, segurou o talismã, quando o filho, com uma cara solene, um tanto franzida por uma piscadela de olhos para a mãe, sentou-se no piano e tocou alguns acordes para fazer fundo.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu desejo 200 libras — disse o velho distintamente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Um rangido do piano seguiu-se às palavras, interrompido por um grito estridente do velho. A mulher e o filho correram até ele.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Ela se mexeu — gritou ele, com um olhar de nojo para o objeto caído no chão. — Quando eu fiz o pedido, ela se contorceu na minha mão como uma cobra.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Bem, eu não vejo o dinheiro — disse o filho ao pegá–la e colocá–la em cima da mesa — e aposto que nunca vou ver.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Deve ter sido imaginação sua, papai — disse a esposa, olhando para ele ansiosamente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Ele sacudiu a cabeça.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Não faz mal, não aconteceu nada, mas a coisa me deu um susto assim mesmo.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Eles se sentaram perto do fogo novamente enquanto os dois homens acabavam de fumar cachimbos. Lá fora, o vento zunia mais do que nunca, e o velho teve um sobressalto com o barulho de uma porta batendo no andar de cima. Um silêncio estranho e opressivo abateu-se sobre todos os três, e perdurou até o velho casal se levantar e ir dormir.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu espero que vocês encontrem o dinheiro dentro de um grande saco no meio da cama — disse Herbert, ao lhes desejar boa noite — e algo terrível agachado em cima do armário observando vocês guardarem seu dinheiro maldito.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Ficou sentado sozinho na escuridão, olhando para o fogo baixo e vendo caras nele. A última cara foi tão feia e tão simiesca que ele olhou para ela assombrado. A cara ficou tão vivida que, com uma risada inquieta, ele procurou um copo na mesa que tivesse um pouco de água para jogar no fogo. Sua mão pegou na pata de macaco, e com um ligeiro estremecimento ele limpou a mão no casaco e foi dormir.<strong><span style="font-weight: normal; "><o:p></o:p></span></strong></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><strong><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> II</span></strong><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"><o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><taghw><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu creio que todos os velhos soldados são iguais — disse a Sra. White. — Essa idéia de dar ouvidos a tal tolice! Como é que se pode realizar desejos hoje em dia? E se fosse possível, como é que iam aparecer 200 libras, papai?Na claridade do<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.essaseoutras.com.br/%e2%80%9ca-pata-do-macaco%e2%80%9d-%e2%80%93-parte-2-conto-de-w-w-jacob-%e2%80%9cthe-monkey%e2%80%99s-paw%e2%80%9d" style="border-bottom-color:initial"><span style="color:#0A4A11">sol</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>de inverno, na manhã seguinte, quando este banhou a mesa do café, ele riu de seus temores. Havia um ar de naturalidade na sala que não existia na noite anterior, e a pequena pata suja estava jogada na mesa de canto com um descuido que não atribuia grande crença a suas virtudes.<o:p></o:p></span></taghw></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Morris disse que as coisas aconteciam com tanta naturalidade — disse o pai — que a gente podia até achar que era coincidência.– caindo do céu, talvez — disse Herbert, com ar brincalhão.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Bem, não gaste o dinheiro antes de eu voltar — disse Herbert, ao se levantar da mesa. — Estou com medo de que você se torne um homem mesquinho e avarento, e vamos ter de renegá–lo.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><taghw><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> A<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.essaseoutras.com.br/%e2%80%9ca-pata-do-macaco%e2%80%9d-%e2%80%93-parte-2-conto-de-w-w-jacob-%e2%80%9cthe-monkey%e2%80%99s-paw%e2%80%9d" style="border-bottom-color:initial"><span style="color:#0A4A11">mãe</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>riu e, acompanhando-o até a porta, viu-o descer a rua. Voltando à mesa do café, divertiu-se à custa da credulidade do marido. O que não a impediu de correr até a porta com a batida do carteiro, nem de se referir a sargentos da reserva com vício de beber, quando descobriu que o correio trouxera uma conta do alfaiate.<o:p></o:p></span></taghw></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><taghw><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Herbert vai dizer uma das suas gracinhas quando chegar em<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.essaseoutras.com.br/%e2%80%9ca-pata-do-macaco%e2%80%9d-%e2%80%93-parte-2-conto-de-w-w-jacob-%e2%80%9cthe-monkey%e2%80%99s-paw%e2%80%9d" style="border-bottom-color:initial"><span style="color:#0A4A11">casa</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>— disse ela, quando se sentaram para jantar.<o:p></o:p></span></taghw></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Com certeza — disse o Sr. White, servindo-se de cerveja –, mas, apesar de tudo, a coisa se mexeu na minha mão; eu posso jurar.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Foi impressão — disse a senhora apaziguadoramente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Estou dizendo que se mexeu — replicou o outro. — Não há dúvida; eu tinha acabado… O que houve?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><taghw><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> A mulher não respondeu. Estava observando os movimentos misteriosos de um homem do lado de fora, que, espiando com indecisão para a casa, parecia estar tentando tomar a decisão de entrar. Lembrando-se das 200 libras, ela reparou que o estranho estava bem–<a href="http://www.essaseoutras.com.br/%e2%80%9ca-pata-do-macaco%e2%80%9d-%e2%80%93-parte-2-conto-de-w-w-jacob-%e2%80%9cthe-monkey%e2%80%99s-paw%e2%80%9d" style="border-bottom-color:initial"><span style="color:#0A4A11">vestido</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>e usava um chapéu de seda novo.<o:p></o:p></span></taghw></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Por três vezes ele parou no portão, e depois caminhou novamente. Da quarta vez ficou com a mão parada sobre ele, e depois com uma súbita resolução abriu-o e entrou. A Sra. White no mesmo momento desamarrou o avental rapidamente, colocando-o debaixo da almofada da cadeira. Convidou o estranho, que parecia deslocado, a entrar. Ele olhou para ela furtivamente, e ouviu preocupado, a senhora desculpar-se pela aparência da sala, e pelo casaco do marido, uma roupa que ele geralmente reservava para o jardim. Então ela esperou, com paciência, que ele falasse do que se tratava, mas, a princípio, ele ficou estranhamente calado.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu… pediram–me para vir aqui — disse ele finalmente, e abaixando-se tirou um pedaço de algodão das calças. — Eu venho representando “Maw&Meggins”.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> A senhora sobressaltou-se.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Aconteceu alguma coisa? — perguntou ela, ofegante — Acontecem alguma coisa a Herbert? O que é? O que é?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O marido interveio.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Calma, calma, mamãe — disse ele rapidamente. — Sente-se e não tire conclusões precipitadas. O senhor certamente não trouxe más notícias, não é, senhor — e olhou para o outro ansiosamente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu lamento… — começou o visitante.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Ele está ferido? — perguntou a mãe desesperada.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O visitante assentiu com a cabeça.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Muito ferido — disse. — Mas não está sofrendo.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Ah, graças a Deus! — disse a senhora, apertando as mãos. — Graças a Deus! Graças…<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Parou de falar de repente quando o significado sinistro da afirmativa se abateu sobre ela, e ela viu a terrível confirmação de seus temores no rosto desviado do outro. Prendeu a respiração e, virando-se para o marido, menos perspicaz, pôs a mão trêmula sobre a dele. Seguiu-se um demorado silêncio.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Ele foi apanhado pela máquina — repetiu o Sr. White, estonteado. — Ah! sim.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Ficou sentado olhando para a janela e, tomando a mão da esposa entra as suas, apertou-a como tinha vontade de fazer nos velhos tempos de namoro há quase 40 anos.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Ele era o único que nos restava — disse ele, voltando-se amavelmente para o visitante. — É difícil.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O outro tossiu e, levantando-se, caminhou lentamente até a janela.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – A firma me pediu para transmitir os nossos sinceros pêsames a vocês por sua grande perda — disse ele, sem olhar para trás. — Eu peço que compreendam que sou apenas um empregado da firma e estou apenas obedecendo ordens.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Não houve resposta; o rosto da senhora estava branco, os olhos parados e a respiração inaudível; no rosto do marido havia um olhar que o amigo sargento talvez tivesse na primeira batalha.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Devo dizer que “Maw&Meggins” estão isentos de toda responsabilidade — continuou o outro. — Eles não têm nenhuma dívida com a família, mas, em consideração aos serviços de seu filho, desejam presenteá–los com uma certa soma como compensação.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O Sr. White largou a mão da esposa e, pondo-se de pé, olhou para o visitante horrorizado. Seus lábios secos pronunciaram as palavras:<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Quanto?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Duzentas libras — foi a resposta.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Indiferente ao grito da esposa, o velho sorriu fracamente, estendeu as mãos como um homem cego e caiu, desfalecido, no chão.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> </span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><strong><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white">III</span></strong><span style="font-size:9.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555; background:white"><o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><taghw><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> No enorme cemitério novo, a alguns quilômetros de distância, os velhos enterraram seu morto e voltaram para<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.essaseoutras.com.br/%e2%80%9ca-pata-do-macaco%e2%80%9d-%e2%80%93-parte-3-conto-de-w-w-jacob-%e2%80%9cthe-monkey%e2%80%99s-paw%e2%80%9d" style="border-bottom-color:initial"><span style="color:#0A4A11">casa</span></a><taghw> mergulhada em sombras e silêncio. Tudo terminara tão rápido que a princípio nem se davam conta do que acontecera, e ficaram num estado de expectativa como se fosse acontecer mais alguma coisa — algo mais que aliviasse esse fardo,<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.essaseoutras.com.br/%e2%80%9ca-pata-do-macaco%e2%80%9d-%e2%80%93-parte-3-conto-de-w-w-jacob-%e2%80%9cthe-monkey%e2%80%99s-paw%e2%80%9d" style="border-bottom-color:initial"><span style="color:#0A4A11">pesado</span></a>demais para corações velhos.<o:p></o:p></taghw></span></taghw></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Mas os dias se passaram, e a expectativa deu lugar à resignação — a resignação desesperançada dos velhos, às vezes chamada erradamente de apatia. Algumas vezes nem trocavam uma palavra, pois agora não tinham nada do que falar e os dias eram compridos e desanimados.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Foi por volta de uma semana depois que o velho, acordando subitamente de noite, estendeu o braço e viu-se sozinho. O quarto estava no escuro e o ruído de soluços baixinhos vinha da janela. Ele se levantou na cama e ficou ouvindo.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Volte para a cama — disse ele ternamente. — Você vai ficar gelada.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Está mais frio para ele — disse a senhora, e chorou novamente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><taghw><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O som de seus soluços apagou-se nos ouvidos dele. A cama estava<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.essaseoutras.com.br/%e2%80%9ca-pata-do-macaco%e2%80%9d-%e2%80%93-parte-3-conto-de-w-w-jacob-%e2%80%9cthe-monkey%e2%80%99s-paw%e2%80%9d" style="border-bottom-color:initial"><span style="color:#0A4A11">quente</span></a><taghw>, e seus olhos<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.essaseoutras.com.br/%e2%80%9ca-pata-do-macaco%e2%80%9d-%e2%80%93-parte-3-conto-de-w-w-jacob-%e2%80%9cthe-monkey%e2%80%99s-paw%e2%80%9d" style="border-bottom-color:initial"><span style="color:#0A4A11">pesados</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>de sono. Ele cochilava a todo instante e acabou pegando no sono, quando um súbito grito histérico da esposa o despertou com um sobressalto.<o:p></o:p></taghw></span></taghw></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – A pata! — gritou histericamente. — A pata de macaco!<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Ele se levantou, alarmado.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Onde? Onde está? O que houve?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Ela correu agitada até ele.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu quero a pata — disse ela calmamente. — Você não a destruiu?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Está na sala, em cima da prateleira — replicou ele atônito. — Por quê?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Ela chorou e riu ao mesmo tempo e, debruçando-se, beijou-o no rosto.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Só tive essa idéia agora — disse ela histericamente. — Por que não pensei nisso antes? Por que você não pensou nisso antes?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Pensar em quê? — perguntou ele.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Nos outros dois desejos — replicou ela rapidamente. — Nós só fizemos um pedido.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Não foi suficiente? — perguntou ele, irado.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Não — gritou ela, triunfante; — ainda vamos fazer um.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Desça, apanhe a pata rapidamente, e deseje que o nosso filho viva novamente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O homem sentou-se na cama e arrancou as cobertas de cima do corpo trêmulo.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Meu bom Deus, você está louca! Gritou ele, horrorizado.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Pegue aquela coisa — disse ela, ofegante –, pegue depressa, e faça o pedido… Ah, meu filho, meu filho!<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O Marido riscou um fósforo e acendeu a vela.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Volte para a cama — disse ele, incerto. — Você não sabe o que está dizendo.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Nós conseguimos satisfazer o primeiro pedido — disse a senhora, febrilmente. — Por que não o segundo?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Foi uma coincidência — gaguejou o velho.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Vá buscar a pata e faça o pedido — gritou a esposa, tremendo de excitação.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O velho virou-se, olhou para ela, e sua voz tremeu.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Ele já está morto há 10 dias e, além disso, ele… — eu não queria lhe dizer isso, mas… só consegui reconhecê–lo pela roupa. Se já estava tão horrível para você ver, imagine agora?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Traga-o de volta — gritou a senhora, e o arrastou para a porta. — Você acha que tenho medo do filho que criei?<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Ele desceu na escuridão, foi tateando até a sala e depois até a lareira. O talismã estava no lugar, e um medo horrível de que o desejo ainda não expresso pudesse trazer o filho mutilado apossou-se dele, e ficou sem ar ao perceber que perdera a direção da porta. Com a testa fria de suor, ele deu volta na mesa, tateando, e foi-se amparando na parede até se achar no corredor com a coisa nociva na mão.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Até o rosto da esposa parecia mudado quando ele entrou no quarto. Estava branco e ansioso, e para seu temor parecia ter um olhar estranho. Ele sentiu medo dela.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Peça! — gritou ela, com voz forte.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Isso é loucura — disse ele, com voz trêmula.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Peça! — repetiu a esposa.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Ele levantou a mão.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Eu desejo que meu filho viva novamente.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O talismã caiu no chão, e ele olhou para a coisa com medo.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Então afundou numa cadeira, trêmulo, quando a esposa, com os olhos ardentes, foi até a janela e levantou a persiana.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Ficou sentado até ficar arrepiado de frio, olhando ocasionalmente para a figura da velha senhora espiando pela janela.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> O cotoco de vela, que queimara até a beirada do castiçal de porcelana, jogava sombras sobre o teto e as paredes, até que, com um bruxulear maior do que os outros, se apagou. O velho, com uma imensa sensação de alívio pelo fracasso do talismã, voltou para a cama, e um ou dois minutos depois a senhora veio silenciosamente para o seu lado.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Nenhum dos dois disse nada, mas permaneceram deitados em silêncio, ouvindo o tique–taque do relógio. Um degrau rangeu, e um rato correu guinchando através do muro. A escuridão era opressiva e, depois de ficar deitado por algum tempo, criando coragem, ele pegou a caixa de fósforos e, acendendo um, foi até embaixo para pegar uma vela.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Nos pés da escada o fósforo se apagou, e ele parou para riscar outro; no mesmo momento ouviu-se uma batida na porta da frente, tão baixa e furtiva que quase não se fazia ouvir.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Os fósforos caíram–lhe da mão e espalharam-se no corredor. Ele permaneceu imóvel, com a respiração presa até a batida se repetir. Então virou-se e fugiu rapidamente para o quarto, fechando a porta atrás de si.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Uma terceira batida ressoou pela casa.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – O que é isso? — gritou a senhora, levantando-se.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Um rato — disse o velho com voz trêmula –, um rato. Ele passou por mim na escada.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> A esposa sentou-se na cama, escutando. Uma batida alta ressoou pela casa.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – É Herbert! — gritou. — É Herbert!<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Ela correu até a porta, mas o marido ficou na frente dela e, pegando-a pelo braço, segurou-a com força.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – O que você vai fazer? — sussurrou ele com voz rouca.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – É meu filho; é Herbert! — gritou ela, debatendo-se mecanicamente. — Eu esqueci que ele estava a 10 quilômetros daqui. Por que está me segurando? Me solte. Eu tenho de abrir a porta.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Pelo amor de Deus não deixe entrar — gritou o velho tremendo.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – Você está com medo do próprio filho — gritou ela, debatendo-se. — Me solte. Eu já vou, Herbert; eu já vou.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Ouviu-se mais uma batida, e mais outra. A senhora com um arrancão súbito soltou-se e saiu correndo do quarto. O marido seguiu-a até a escada e chamou-a enquanto ela corria para baixo. Ele ouviu a corrente chocalhar e a tranca do chão ser puxada lenta e firmemente do lugar. Então a voz da senhora soou, nervosa e ofegante.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> – A tranca — gritou ela alto. — Desça que eu não consigo puxar a tranca.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> Mas o marido estava de joelhos no chão, procurando a pata desesperadamente. Se pelo menos conseguisse encontrá–la antes que a coisa entrasse. Uma série de batidas reverberou pela casa, e ele ouviu o arrastar de uma cadeira quando a esposa a colocou no corredor encostada na porta. Ouviu o ranger da tranca quando esta se destravou lentamente, e no mesmo momento encontrou a pata de macaco, e desesperadamente fez o terceiro e último pedido.<o:p></o:p></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:7.5pt;margin-left:0cm; text-align:justify;line-height:12.75pt"><span style="font-size:9.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";color:#555555;background:white"> As batidas pararam subitamente, embora ainda ecoassem na casa. Ele ouviu a cadeira ser arrastada de volta, e a porta se abrir. Um vento frio subiu pela escada, e um gemido alto e demorado de decepção e tristeza da esposa lhe deu coragem para correr até ela e depois até o portão. O lampião da rua que tremulava do outro lado brilhava numa estrada silenciosa e deserta.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-68013839803600933472011-10-20T21:05:00.002-02:002011-10-20T21:15:22.547-02:00Conjunções coordenativas<b><span class="Apple-style-span" >Conjunção</span></b> é uma das dez classes de palavras definidas pela gramática. As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de mesma função sintática, estabelecendo entre eles uma relação de dependência ou de simples coordenação.<br /><br />Exemplos de conjunções:<br /><br /><i>portanto, logo, pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem,quando, ora, que, porém, todavia, quer, contudo, seja, conforme.</i><br /><br /><div>Quando duas ou mais palavras exercem função de conjunção dá-se-lhes o nome de locução conjuntiva. São exemplos de locuções conjuntivas: à medida que, apesar de, a fim de que.<br /><br />As conjunções são classificadas de acordo a relação de dependência sintática dos termos que ligam. Se conectarem orações ou termos pertencentes a um mesmo nível sintático, são ditas conjunções coordenativas.<br /><br /><span class="Apple-style-span" >Coordenativas</span><br /><br />As conjunções coordenativas são conhecidas por:<br /><br /><span class="Apple-style-span" >Aditivas</span><br /><br />Indicam uma relação de adição à frase.São elas: e, nem, mas também, como também, além de (disso, disto, aquilo), quanto (depois de tanto), bem como e etc.<br />Ex: Comi e fiquei satisfeita.<br /><br />Ex2: Todos aqui estão contentes<b><i> e </i></b>despreocupados.<br /><br />Ex3: Não estuda<b><i> nem</i></b> trabalha.<br /><br /><span class="Apple-style-span" >Adversativas</span><br /><br /></div><div>Indicam uma relação de oposição bem como de contraste ou compensação entre as unidades ligadas. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente. São elas: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto,senão, não obstante, contudo, etc. Antes dos nexos adversativos a vírgula é obrigatória.<br /><br />Ex: O carro bateu, <i><b>mas</b></i> ninguém se feriu.<br /><br /><span class="Apple-style-span" >Alternativas</span><br /><br />Como o seu nome indica, expressam uma relação de alternância, seja por incompatibilidade dos termos ligados ou por equivalência dos mesmos. São elas: ou...ou, ou, ora...ora, já...já, quer...quer, etc.<br /><br />Ex.: <i><b>Ou</b></i> ela, <b><i>ou</i></b> eu.<br /><br /><br /><span class="Apple-style-span" >Explicativas</span><br /><br />Expressam a relação de explicação, razão ou motivo. São elas: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo).<br /><br />Ex: Ele não entra <b><i>porque</i></b> está sem tempo.<br /><br /><span class="Apple-style-span" >Conclusivas</span><br /><br />Indicam relação de conclusão. São elas: pois (posposta ao verbo), logo, portanto, então, por isso, por conseguinte, por isto, assim, etc.<br /><br />Ex: Ele bebeu bem mais do que poderia, <b><i>logo</i></b> ficou embriagado.<br /></div>Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-41548818124652781552011-10-06T21:19:00.002-03:002011-10-06T21:51:25.159-03:00Artigo de Opinião/8ª/9º<div align="justify"><br /><strong>Artigo de Opinião<br /></strong><br />Anúncios, convites, atas, avisos, bulas, cartas, instruções de uso, contos, crônicas, editoriais, ensaios, entrevistas, códigos, contratos, histórias, letras de música, mensagens, notícias. Essas são algumas das formas por meio das quais podemos nos deparar, na vida cotidiana, com textos diversos.<br />Jamais confundimos uma bula com uma carta, uma notícia de jornal com uma oração, um poema com uma entrevista. Por quê? Porque reconhecemos as características dessas "espécies" de texto, aprendidas na convivência social ou na escola. Sabemos também como cada uma delas funciona socialmente. Não entramos no consultório de um médico e esperamos que ele nos passe uma receita de bolo, nem entramos no MSN (Messenger - programa de conversa pela Internet) esperando encontrar artigos científicos. Cada espécie de texto circula em um determinado portador ou suporte, tem seu formato próprio, usa um estilo de linguagem específico e "funciona" em um dado contexto social.<br />(Val, Maria da Graça Costa et al., 2007, pág. 13)<br />Essas "espécies de texto" podem ser agrupados em tipos, segundo a função que tenham, por exemplo narrar (ficcional), relatar (fatos reais), argumentar, expor, descrever ações. O artigo de opinião, cujas características detalharemos a seguir, é um gênero textual do tipo argumentativo e faz parte da família de gêneros usados na área jornalística.<br />O filósofo e linguista russo Mikhail Bakhtin (1895-1975), talvez o mais importante pesquisador de gêneros textuais, alertava contra uma visão engessada dos gêneros textuais, pois eles servem para expressar necessidades de comunicação, e podem se alterar conforme a dinâmica da vida social e das práticas de linguagem. Diversos gêneros textuais podem ser utilizados para manifestar ideias e pontos de vistas no contexto jornalístico. Além do artigo de opinião, há o editorial, a carta do leitor, a coluna, as crônicas e resenhas. O artigo de opinião é utilizado por pessoas que desejam expor, publicamente, suas posições sobre assuntos que provocam controvérsias na sociedade.<br />"Artigo de opinião é um gênero jornalístico argumentativo escrito, publicado em jornais, revistas, internet, e sempre assinado. A assinatura identifica o autor, o responsável pela opinião".<br />(Gagliardi, Eliana; Amaral, Heloisa, 2004).<br />Organização do texto.<br /></div><br /><div align="justify"><strong>Tipos de argumentos<br /></strong>Ao escrever um artigo de opinião, o autor pretende convencer os leitores a mudarem de ideia ou de comportamento, ou mesmo pressionar o governo ou outras instituições para que adotem medidas que considera adequadas.<br />Para isso, é fundamental argumentar. Veja uma tabela com tipos de argumentos. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><br /><strong>Tipo - De autoridade</strong></div><br /><div align="justify"><strong>Explicação -</strong> Reproduz declarações de um especialista, de uma pessoa respeitável (líder, artista, político), de uma instituição considerada autoridade no assunto.<br /><br /><strong>Exemplo</strong></div><br /><div align="justify">O aumento no número de cobras encontradas em diversas cidades do país pode ser provocado pelo desmatamento e pela destruição do habitat natural desses animais. É o que explica o coordenador de fauna do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), João Pessoa Moreira, em declaração ao site G1, em 26 de novembro de 2009.<br /></div><br /><div align="justify"><strong>Tipo - Exemplo</strong></div><br /><div align="justify"><strong>Explicação -</strong> Relata um fato ocorrido com o autor ou com outra pessoa, para mostrar que o argumento defendido é válido.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Exemplo </strong></div><br /><div align="justify">A demissão do senhor Vicente Francisco do Espírito Santo, da Eletrosul, em março de 1992, porque seu chefe pretendia “clarear o ambiente”, foi um caso emblemático de discriminação racial. O uncionário entrou com processo e foi reintegrado ao quadro funcional da empresa três anos depois.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Tipo - Provas</strong></div><br /><div align="justify"><strong>Explicação -</strong> Comprova seus argumentos com informações incontestáveis: dados estatísticos, fatos históricos, acontecimentos notórios.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Exemplo</strong></div><br /><div align="justify">Relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação indica que o desmatamento ocorrido no Brasil entre 2000 e 2005 responde por 42% da perda de áreas florestais no mundo. A informação foi publicada no site do Greenpeace, em 26 de novembro de 2009.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Tipo - Princípios ou crença pessoal</strong></div><br /><div align="justify"><strong>Explicação -</strong> Refere-se a valores éticos ou morais supostamente irrefutáveis.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Exemplo</strong></div><br /><div align="justify">A vida é sagrada e ninguém tem o direito de retirá-la de outra pessoa. Por isso a pena de morte é inaceitável.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Tipo - De causa e consequência</strong></div><br /><div align="justify"><strong>Explicação -</strong> Afirma que um fato ocorre em decorrência de outro.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Exemplo</strong></div><br /><div align="justify">Os abortos feitos de forma clandestina e insegura provocam sérios riscos à saúde da mulher, como a perda do útero, hemorragias e mesmo a morte.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Organização do texto.<br /></strong>Esquematicamente, um artigo de opinião está organizado em três partes. Não é uma estrutura rígida, pois a expressão escrita permite muita flexibilidade. Porém, o esquema é útil para guiar os passos de escritores iniciantes.<br /><br /><strong>Introdução -</strong> </div><br /><div align="justify">Descrição do assunto que gera a polêmica.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Desenvolvimento -</strong> </div><br /><div align="justify">Tese do autor (proposta ou posicionamento)<br /><br />Tese contrária (ou atitudes contrárias)<br /><br />Refutação da tese ou das atitudes contrárias.<br /><br />Argumentos a favor da tese do autor</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Conclusão - </strong></div><br /><div align="justify">Fecha o texto e reforça a tese do autor</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong>Outros gêneros jornalísticos opinativos.<br /></strong><br /><strong>Editorial<br /></strong><br />O editorial é um texto que exprime a opinião de um veículo de comunicação acerca de um determinado fato. Apresenta a questão tratada e desenvolve os argumentos defendidos pelo veículo, ao mesmo tempo em que resume e contesta os contrários. São textos não assinados, quase sempre escritos por uma pessoa que faz parte da direção do órgão de imprensa ou por alguém da sua confiança. Quando se trata de veículos que não circulam diariamente, como revistas ou pequenos jornais (o jornal escolar dentre eles) o editorial tem uma função introdutória, apresentando os conteúdos do ponto de vista dos editores.<br /><br /><strong>Resenha<br /></strong><br />Apreciação de um trabalho intelectual ou artístico com o objetivo de orientar o público leitor.<br />É também considerado um artigo, mas com a função sociocomunicativa de discorrer sobre uma obra. É sempre assinada.<br /><br /><strong>Coluna<br /></strong><br />Seção de um jornal ou revista separada por linhas ou fios e publicada sempre na mesma página. Seu estilo é mais livre e pessoal que o do noticiário comum. Geralmente, os colunistas são pessoas que entendem bem de um determinado assunto e, portanto, ganham credibilidade do jornal e do público pela personalidade e profundidade com que abordam esse tema.<br /><br /><strong>Crônica<br /></strong><br />A crônica é um texto em prosa, de caráter mais literário que jornalístico, cuja função é fazer refletir através da análise ou do relato de episódios, por meio da ótica de um autor-narrador. Muitas vezes confunde-se com o ensaio e com o artigo, mas difere de ambos pelo seu aspecto coloquial e estético, não apresentando muito rigor na investigação do tema.<br /><br /><strong>Carta do Leitor<br /></strong><br />As cartas são textos produzidos pelos leitores sobre temas diversos, geralmente relacionados a alguma matéria publicada pelo jornal ou revista, ao qual cabe o direito de publicá-las ou não. A função desse texto é dar espaço para opiniões de pessoas que não compõem a equipe do jornal nem possuem conhecimentos aprofundados sobre determinados assuntos. As cartas são sempre assinadas e de responsabilidade de seus autores.<br /><br /><br /><strong>O texto que segue é do advogado Renato Roseno que coordenou o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca - Ceará) e a Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (Anced).<br />Fonte: http://www.cedecaceara.org.br/artigos/112<br /><br /></strong><br /><strong>Sou contra a redução da maioridade penal<br /></strong><br />A brutalidade cometida contra dois jovens em São Paulo reacendeu uma fogueira: a redução da idade penal. Algumas pessoas defendem a ideia de que a partir dos dezesseis anos os jovens que cometem crimes devem cumprir pena em prisão. Acreditam que a violência pode estar aumentando porque as penas que estão previstas em lei, ou a aplicação delas, são muito suaves para os menores de idade. Mas é necessário pensar nos porquês da violência, já que não há um único tipo de crime.<br /><br />Vivemos em um sistema socioeconômico historicamente desigual e violento, que só pode gerar mais<br />violência. Então, medidas mais repressivas nos dão a falsa sensação de que algo esta sendo feito, mas o problema só piora. Por isso, temos que fazer as opções mais eficientes e mais condizentes com os valores que defendemos.<br /><br />Defendo uma sociedade que cometa menos crimes e não que puna mais. Em nenhum lugar do mundo houve experiência positiva de adolescentes e adultos juntos no mesmo sistema penal. Fazer isso não diminuirá a violência. Nosso sistema penal como está não melhora as pessoas. O problema não esta só na lei, mas na capacidade para aplicá-la.<br /><br />Sou contra porque a possibilidade de sobrevivência e transformação destes adolescentes está na correta aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Lá estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização de adolescentes que violaram a lei. Para fazer bom uso do ECA é necessário dinheiro, competência e vontade.<br /><br />Sou contra toda e qualquer forma de impunidade. Quem fere a lei deve ser responsabilizado. Mas<br />reduzir a idade penal é ineficiente para atacar o problema. Problemas complexos não serão superados de modo simplório e imediatista. Precisamos de inteligência, orçamento e, sobretudo, de um projeto ético e político de sociedade que valorize a vida em todas as suas formas. Nossos jovens não precisam ir para a cadeia, Precisam sair do caminho que os leva ate lá. A decisão agora é nossa: se queremos construir um país com mais prisões ou com mais parques e escolas.<br /><br /><strong>Conectivos<br /></strong><br />Dentro de uma mesma frase é possível colocar mais de uma ideia, como falamos anteriormente. No entanto, além de fazer sentido, essas ideias precisam estar conectadas entre si. As palavras que fazem essa conexão são chamadas de conectivos.<br /><br />Você não diz:<br /><br />Amo Maria porque é boa pessoa um pouco bagunceira.<br /><br />Você diz:<br /><br />Amo Maria porque é boa pessoa, mesmo sendo um pouco bagunceira.<br /><br />A frase passa a fazer sentido!<br /><br />Conectivos mais usados:<br />- e / aliás / até / além disso<br />- mas / porém / no entanto /<br />- porque / já que / devido<br />- como / menos (ou mais) que / melhor (ou pior) que<br />- isto é / ou seja / por exemplo<br />- quando / enquanto / a partir de<br />- logo / assim / portanto<br /><br />Fique ligado: você viu exemplos de alguns conectivos. Mas você pode aumentar a sua lista se ficar atendo aos conectivos utilizados pelos autores dos textos que estiver lendo.<br /><br /><strong>GUIA DE ANÁLISE DO ARTIGO DE OPINIÃO<br /></strong><br />Texto comentado:<br />Alunos revisores:<br /><br />1. A introdução do texto apresenta a questão que será abordada?<br />Sim ( ) Não ( ) Sim, mas tem de melhorar ( )<br /><br />Contribuição dos revisores:<br />2. Apresenta uma tese, ideia ou posição do autor?<br />Sim ( ) Não ( ) Sim, mas tem de melhorar ( )<br /><br />Contribuição dos revisores:<br />3. Apresenta as opiniões de pessoas que pensam diferente do autor?<br />Sim ( ) Não ( ) Sim, mas tem de melhorar ( )<br /><br />Contribuição dos revisores:<br />4. Apresenta argumentos de autoridades? (declarações de especialistas etc.).<br />Sim ( ) Não ( ) Sim, mas tem de melhorar ( )<br /><br />Contribuição dos revisores:<br />5. Apresenta argumentos que citam exemplos? (relata um fato ocorrido).<br />Sim ( ) Não ( ) Sim, mas tem de melhorar ( )<br /><br />Contribuição dos revisores:<br />6. Apresenta informações incontestáveis? (dados estatísticos, fatos históricos etc.).<br />Sim ( ) Não ( ) Sim, mas tem de melhorar ( )<br /><br />Contribuição dos revisores:<br />7. Apresenta argumentos referentes a princípios ou crença pessoal? (valores éticos ou morais).<br />Sim ( ) Não ( ) Sim, mas tem de melhorar ( )<br /><br />Contribuição dos revisores:<br />8. Apresenta argumentos de causa e consequência? (afirma que um fato ocorre em decorrência do outro).<br />Sim ( ) Não ( ) Sim, mas tem de melhorar ( )<br /><br />Contribuição dos revisores:<br />9. Apresenta uma conclusão que reforça a tese?<br />Sim ( ) Não ( ) Sim, mas tem de melhorar ( )<br /><br /><br /><br /><br /><strong>APRIMORANDO FRASES<br /></strong>Veja estas quatro frases:<br /><br />O dia está lindo. Parou de chover.<br />Você está sorrindo. O cachorro mordeu a minha mão.<br /><br />Cada uma dessas frases é uma ideia completa. Ela fica bem sozinha, mas é possível conectá-las, e ficam melhor ainda:<br /><br />O dia está lindo porque parou de chover.<br />O dia está lindo e você está sorrindo.<br />O dia está lindo porque parou de chover e você está sorrindo.<br /><br />Vejamos agora:<br />O dia está lindo porque o cachorro mordeu a minha mão.<br /><br />Não faz sentido!<br /><br />Conclusão: dentro de uma mesma frase é possível colocar mais de uma ideia, mas as ideias que se juntam têm de casar perfeitamente.<br /><br />Exercício - Complete estas frases, agregando uma nova ideia:<br />a) Muitas pessoas que vivem em grandes cidades sonham com a vida no campo porque...<br /><br />b) O jornal pode ser um excelente meio de conscientização das pessoas, a não ser que...<br /><br />c) Algumas pessoas propõem a pena de morte para conter a violência; outras, porém...<br /><br />d) Devemos lutar para a preservação do meio ambiente, pois...<br /><br />e) O lazer é necessário ao homem, no entanto...<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></div><br /><div align="justify"></div>Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-66761192935233265932011-09-22T20:22:00.001-03:002011-09-22T20:23:52.099-03:00Arcadismo no BrasilArcadismo<br /><br />A Europa do século XVIII carateriza-se por mudanças marcantes.<br />- intenso progresso científico, de que são índices: a formulação da lei da gravidade – Isaac Newton/ estudos das leis das sensações pela psicologia/ classificação dos seres vivos pela biologia – desse progresso resultou a tecnologia e o aumento da produção/generaliza-se a ideia de que os negócios e a ciência constituem campos separados da religião.<br />Essas mudanças fazem parte de um movimento cultural que define a fisionomia da Europa no século XVII: o Iluminismo (de ilunimar – esclarecer) tinha como objetivo atualização das leis e técnicas, visando a atingir maior eficácia e justiça na ordem social. O século XVIII ficou conhecido como século das luzes, momento histórico em que acreditam que tudo pode ser explicado pela razão e pela ciência. Essa crença consolidou-se na Enciclopédia (projeto que visava reunir todo o acontecimento de um determinado momento histórico, já existia desde o Renascimento , mas foi no Iluminismo que o projeto tornou-se realidade), obra publicada na França, a partir de 1751, coordenada pelos filósofos D’Alembert, Diderot e Voltaire.<br />Nas artes em geral o período vai mostrar muito nitidamente a retomada da Antiguidade greco-romana e também do Renascimento. O estilo prodominate na Literatura é denominado Arcadismo ou Neoclassicismo .<br />Arcadismo – palvra que deriva de Arcádia, região da Grécia onde pastores e poetas, chefiados pelo deus Pã, dedicavam-se à poesia e ao pastoreio, vivendo em harmonia perfeita com a natureza. A Arcádia simbolizava o ideal de vida.<br />Neoclassicismo(neo – novo) – nome que deriva do fato de os escritores da época imitarem os clássicos, quer voltando-se para a antiguidade greco-romana , que imitando os escritores do Renascimento.<br />São as carcatériscas principais da literatura árcade:<br /><br />Quanto ao eu-lírico: - interpreta a realidade de maneira predominantemente objetiva. Daí prevalecer o descritivismo.<br />- Adota identidade de pastores, que falam e agem no poema , adotavam pseudônimos.<br />- retoma-se também da Antiguidade clássica o fugere urbem, expressão latina que significa fugir da cidade, considerada fonte de tormentos impostos pela civilização.<br /><br />Quanto aos temas: considera-se como ideal uma vida simples/ volta ao campo Bucolismo(o campo é considerado uma espécie de paraíso perdido)/ o homem que vive no campo é bom e puro/ a paisagem do campo é tranquila, sonora, harmoniosa/ vocabulário apresenta muitos termos ligados à vida campestre.<br /><br /><br />Quanto à forma: rejeitam-se as formas barrocas e preferem: construir períodos curtos/ empregar vocabulário mais fácil que o dos barrocos/utilizar mais comparação que as metáforas/utilizar verso sem rima (verso branco) em resumo a poesia desse período aproxima-se mais da prosa.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Aracadismo em Portugal(1756/1825)<br /><br />1756 – Fundação da Arcádia Lusitana, inpirada na Arcádia Romana de 1690<br />1825 – Término – publicação do poema Camões, de Almeida Garrett, considerado o texto inicial do Romantismo português.<br /><br />Autor principal:<br /><br />Manuel Maria Barbosa du Bocage(1765/1805) – musa inspiradora – Gertrúria – escreveu poesia satírica( graça a obra satírica que se tornou conhecido), lírica (a melhor parte de sua obra que deve duas fases, a árcade e a pré-romântica que é o ponto alto de sua poesia lírica, escreve uma poesia de emoção, solidão e confissão, onde predonima uma visão fatalista do mundo<br /><br />Arcadismo no Brasil(1768/1836)<br /><br />1768- inaugura-se o estilo árcade no Brasil com a publicação das Obras poéticas de Cláudio Manoel da Costa.<br />O estilo árcade ficará em moda até a publicação, em 1836, da obra Supiros poétaicos e saudades, de Gonçaves Magalhães, que marca o início do Romantismo no Brasil.<br />Século XVIII, no Brasil, é considerado o século do ouro, grande extração de mineral e diamante.<br />Desoloca-se o eixo econômico - e com ele o cultural - para Minas Gerais (centro de extração do minério) e Rio de Janeiro ( porto de escoamento e nova capital do país desde 1763). Portugal explora o máximo com finalidade de contrabalançar seu defecit comercial.Os impostos sobre a mineração aumentão dando origem a uma generalizada insatisfação. Junta-se a isso as ideias liberais trazidas por estudantes brasileiro da Europa e a Independência dos Estados Unidos. Todos esses fatores culminaram na inconfidência Mineira, preparada por um pequeno grupo de letrados, muitos deles ex-estaudantes da Universidade de Coimbra. Esse mesmo grupo de oposição política era, basicamente, o que produzia ciência e literatura na época.<br />Podemos observar nesse período a preocupação, ainda que muito pouca, a relação entre escritor,obra e público, correspondência que não se observava até então.<br />Essa sistematização, somada à preocupação com a realidade brasileira, faz surgir traços que permitem identificar uma literatura decidida a afastar-se dos modelos portugueses, embora a imitação dos clássicos seja ainda bem nítida.<br />A busca de uma identidade para nossa literatura manifesta-se, sobretudo:<br />- pelo aproveitamento do indígena como herói literário. Tendência que representa a versão brasileira da valorização do selvagem, do homem natural, proposta no Arcadismo europeu. Expressa sobretudo na poesia épica que aqui produziu, não obstante ser ela de qualidade discutível.<br />- pela visão crítica da situação política do país, como ocorre no poema satírico Cartas Chilenas.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Autores e obras<br /><br />Cláudio Manuel da Costa (1729/1789) - Nasceu em Minas e se formou em direito em Coimbra,viveu em Lisboa onde entrou em contato com as novidades do Arcadismo. Retornando ao Brasil tomou parte da Inconfidência Mineira. Enforcou-se na prisão. Glauceste Saturnio foi seu pseudônimo árcade, sendo Nise sua musa-pastora.<br />Obras: Obras poéticas(1768) – ( poseia lírica de grande influência camoniana- o sentimento amoroso e a descrição da natureza ocupam lugar de destaque em seus poemas) e Vila Rica(1837) – ( poema épico narra a fundação e a história da cidade, exaltando a aventura dos bandeirantes)<br /><br />Tomás Antônio Gonzaga(1744/1810) – Nasceu no Porto(Portugal), estou direito em Coimbra, retornou para o Brasil em 1782, exerceu cargo de Juiz em Vila Rica antes de ser preso com os outros inconfidentes. Sua pena foi o degredo para Moçambique, onde se casou com uma viúva. Pseudônimo árcade Dirceu, sua musa inspiradora Marília, jovem de 16 anos por quem se apaixonou e para quem escreveu sua conhecidas Liras.<br />Obras:<br />Poesia lírica – Marília de Dirceu, obra composta de liras, o poeta, transformado em eu-lírico pastor (Dierceu), mostra-nos sua paixão por Marília. A obras divide-se em duas parte:<br />- a primeira contém confidências amorasas, descrição da amada, planos e sonhos de felicidade conjugal.<br />- na segunda agrupam-se os peomas escritos no cárcere, revelando o sofrimento físico e moral do poeta, lembranças da amada, além de reflexões sobre o destino, a justiça, a glória.<br /><br />Poesia Satírica - Cartas Chilenas, poemas satíricos que percorreram Vila Rica antes da inconfidência, em forma manuscrita e anômina,Tomás Gonzaga critica o governador de Minas, Luís da Cunha Meneses, apareçe no texto com o pseudônimo satírico de Fanfarrão Minésio.<br />As cartas são escritas por Critilo(o próprio Gonzaga) e dirigidas a Doreteu(provavelmente Cláudio Manuel da Costa). Critilo, morador do Chile (Vila Rica), faz crítica dos desmandos do goverandor chileno( na verdade, Cunha Meneses).<br />As cartas não constituem um ataque frontal ao regime português, mas à pessoa do governador e outros mandatários. Gonzaga sastiriza pessoas, não instituições.<br /><br />Basílio da Gama(1741/1795) – Nasceu em Minas Gerais. Estudou em Portugal e viveu na Itália, onde ingressou na Arcádia romana. Morreu em Lisboa, em 1795.<br />Sua obra mais importante é o poema épico O Uraguai, que narra as lutas entre os índio de Sete Povos da Missões, no Uraguai,contra o exército espanhol, lá sediado para pôr em prática o Tratado de Madri, que transferia aos portugueses as missões de Sete Povos e deixava aos espanhóis a Colônia do Sacramento.<br /><br />Frei José de Santa Rita Durão(1722/1784)- Nasceu em Minas Gerais e morreu em Lisboa. Sua obra mais importante, o poema épico Caramuru trata do descobrimento da Bahia , levado a efeito por Diogo Alvares Correia, misto de missionário e colono português.Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-29829213658978447482011-09-22T20:04:00.002-03:002011-09-22T20:08:15.952-03:00Barroco - Portugal/BrasilBarroco (1580/1756 – Portugal) (1601/1768 – Brasil )<br /><br />Marco inicial em Portugal – 1580 – morte de Camões e Portugal passa a ser de domínio espanhol.<br /><br />Marco inicial no Brasil – 1601 – obra Prosopepéia de Bento Teixeira<br /><br />Portugal e Brasil<br /><br />contexto histórico - século XVII se caracteriza pela existência de conflitos de ordem religiosa, política econômica social :<br /><br />- aumento da influência da burguesia - desenvolvimento do capitalismo mercantilista<br />-Término do ciclo das grandes navegações<br />-Pessimismo reinante entre os portugueses(devido o domínio espanhol )<br />-Reforma protestante por Cavino e Lutero, que se solidificou na Inglaterra e na Holanda<br />-Contra reforma. Propunha uma volta ao medievalismo e irrestrita fé na autoridade da igreja e do rei.<br /><br />Esse retorno à visão medieval de mundo emplicaria a perda da humanidade soberana conquistada pelo homem renascentista. Confrontam-se, por isso duas forças postas TEOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO,tentando atingir a síntese, o homem da época prucura conciliar esses dois elementos, dessa tentativa resulta a tensão que marca a maneira de pensar, as concepções sociais, políticas e artísticas da época.<br /><br />As manifestações artísticas do Barroco retratam a procura de conciliação de forças antagônicas como: Bem-Mal/ Céu-Terra/ Deus-Diabo/ Pureza- Pecado/ Alegria-Tristeza/ Espírito-Carne.<br /><br />Recursos expressivos utilizados:<br />- a realidade é conhecida através dos sentidos - palavras que designam cores, perfume, sensações tatéis. No conjunto essas palavras refletem a desarmonia do mundo Barroco se comparado com a harmonia da época clássica.<br /><br />Figuras de estilo mais comuns:<br />- Metáfora - retrata a emoção,a sensação, a percepção da realidade./ Antítese – reflete a cintradição do homem da época, seu dualismo(aparência diferente da essência)/ Gradação – de palavras/ Hipérbole – ideia de grandiosidade, de pompa/ Prosopopeia ou personificação – de seres inamimados para dinamizar a realidade/ Símbolos que traduzem a efemeridade e a instabilidade das coisas – fumaças, ventos, neve, chama, água, espuma, etc./ Frases interrogativa – dúvida e incerteza do homem barroco/ Ordem inversa – além de tornar a frase pomposa, a ordem inversa traduz os meneios de raciocínio. Reflete, po isso, a foalta de clareza, de certeza diante das coisas.<br /><br />Cultismo – É o jogo de palavras, uso abusivo de metáforas e hipérbole, corresponde ao excesso de detalhes das artes plásticas.<br /><br />Conceptismo – É o jogo de ideias.<br /><br />Principais temas: os principais temas da literatura barroca giram em torno da ideia de :<br />- sobrenatural<br />- morte<br />- fugacidade da vida<br />- castigo<br />- heroísmo<br />- misticismo<br />- erotismo<br />- cenas trágicas<br />- apelo à religião, ao céu<br />- arrependimento<br />- solução do mundo<br /><br />Barroco em Portugal (1580/1756)<br /><br />O ano de 1580 marca a passagem de Portugal ao domínio espanhol, o que provoca um acentuado pessemismo na sociedade lusa.<br />Em 1756 acontece a fundação da Arcádia Lusitana, que marca o início de um novo estilo de época chamado Arcadismo.<br /><br />Principais autores e obras<br /><br />- Padre Antônio Vieira (1608/1697) estudado na literatura pelos críticos nas duas literatura: a brasileira e a portuguesa. Sua obra compreende:<br />- Obras de profecia: História do futuro/ Esperança de Portugal<br />- Oratória: Sermões (15 volumes). Os mais conhecidos de Vieira são:<br />Sermão da Sexagésima – tem por assunto a arte de pregar<br />Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda – contra a invasão holandesa do Brasi, 1640.<br />Sermão do Santo Anônio, também conhecido como Sermão aos peixes – aborda a questão do indígena escravizado<br /><br />-D. Francisco Manuel de Melo (1608/1666)<br />Poesia – Obras Métrica<br />Prosa – Cartas de caráter moralista e doutrinária, como Cartas familiares e Carta de guia de casados.<br />Teatro – Auto do fidalgo aprendiz (comédia)<br /><br />Pe. Manuel Bernardes(1644/1710) <br />Sua obra mais importante é: A nova floresta,prosa doutrinária e religiosa.<br /><br />Francisco Rodrigo Lobo(1580?/1622)<br />Poesia – Églogas/ O pastor peregrino<br />Prosa – Corte na aldeia<br /><br />Antônio José da Silva ( o judeu)<br />Teatrólogo, autor da Ópera dos bonecos<br /><br />Sóror Mariana Alcoforado(1640/1723)<br />Escreveu as Célebres Cartas Portuguesas.<br /><br />Duas obras no Barroco português merecem destaque:<br /><br />- A Fênix renascida – coletânea de poesias seiscentista portuguesa<br />- A Arte de furtar – crítica social à época de D. São João IV, obra de caráter satírico, publicada em 1652, de autoria desconhecida.<br /><br /><span style="color:#000000;">Barroco no Brasil(1601/1768)<br /></span><br />1601 – poema épico Prosopopeia de Bento Teixeira Pinto - marco inicial<br />1768 – início do Arcadismo brasileiro – Obras poéticas – Cláudio Manuel da Costa<br /><br />Nesse período as manifestações artísticas no Brasil serão reflexo de uma estrutura social, política e econômica de país colônia. Não podendo falar numa sociedade bem estruturada no Brasil. Consequentemente as manifestações de estilo de época, caracterizando pela diversificação. Aqui conforme alguns estudiosos de literatura, chegou ecos do Barroco europeu.<br /><br />Autores e obras<br /><br />- Bento Teixeira Pinto(1565/?) – Sua obra mais importante foi Prosopopéia que é um poema épico, calçada em Os Lusíadas de Camões.<br /><br />- Manoel Botelho de Oliveira(1636/1711) – obra: Música do Parnaso<br /><br />- Frei Manuel de Santa Maria de Itaparica(1704/?) – obra: Ilha de Itaparica<br /><br />- Pe. Vieira – já estudado no Barroco português.<br /><br />- Gregorio de Matos(1623/1696) – É o mais importante poeta do Barroco brasileiro. Advogado baiano, foi apelidado de “Boca do Inferno”, graças a sua irreverência ao criticar a sociedade da época. Escreveu poesia: Lírica/ religiosa-sacra/ satírica.<br /><br />É importante assinalar ainda, no Barroco brasileiro, a existência de Academias, que foram grêmios literários e eruditos, copiados de modelos portugueses. Tiveram importância como órgão propagador do Barroco representam o primeiro sintoma de uma preocupação humanística entre os brasileiros.<br /><br />Três Academias importantes:<br />- Academia Brasílica dos Esqueccidos (Bahia)<br />- Academia Brasílca dos Renascidos ( Bahia)<br />- Academia dos Felizes(Rio de Janeiro)Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-46747823327722293462011-08-31T19:48:00.001-03:002011-08-31T19:51:48.893-03:00Simbolismo - Portugal /Brasil<strong>Simbolismo
<br /></strong>- reação contra o espírito materialista e objetivo do Realismo/Naturalismo/Parnasianismo
<br />- começou na França, onde se sobressaíram Baudelaire, Veraline, Rimbaud e Mallarmé (fins do séc.XIX)
<br />- apesar de opor-se tematicamente ao Parnasianismo, na forma há semelhança entre os dois movimentos.
<br />-no Brasil, o inicio é com “Broqueis (poesia) e Missal(poemas em prosa) de Cruz e Souza em 1893.
<br />- decadentismo foi o primeiro nome do Simbolismo
<br />- Nefelitaba é outra denominação do poeta simbolista
<br />- a designação Simbolismo se deve à intenção principal de evocar a realidade, traduzindo-a em forma de símbolos e não descrevendo-a detalhadamente.
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<br />Temas mais frequentes:os mistérios do mundo/ o fascínio da morte e do desconhecido/ os contrastes entre o real e o irreal/ o dualismo humano(matéria/espírito)
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<br /><strong>Caracteristicas
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<br />- tentativa de sugerir, por meio de uma linguagem evocadora, plena de elementos sensorias (cores, sons, perfumes)
<br />- subjetividade e fantasias
<br />- concepção mística da vida
<br />- ênfase ao místico e ao subconsciente
<br />- valoriza-se a intuição
<br />- musicalização nos versos
<br />- dondagem do mundo interior
<br />- busca de correspondência entre o concreto e o abstrato; entre as diferentes esferas dos sentimentos
<br />- alguns traços do Simbolismo prenunciam o Modernismo
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<br /><strong>Simbolismo em Portugal(1890/1915)
<br /></strong>
<br />1890 – publicação do livro de poemas Oaristos, de Eugênio de Castro.(Oaristo significa “colóqui terno, diálogo amoroso)
<br />1915 – início do Modernismo, com o lançamento da revista Orpheu
<br />A poesia simbolista tem relação com a recuperação de alguns valores não-materiais retomados na Europa após a década de 1870.
<br />Em Portugal registrou-se pelo menos um grande momento de crise de natureza econômica nos anos 90 e 91, assinalando o descrédito do povo em relação à monarquia. É nessa conjuntura que surge o grupo de escritores conhecido como “Os vencidos da vida”, denominação que revela o espírito depressivo que se viveu na época .
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<br /><strong>Principais Autores e Obras
<br /></strong>
<br />Eugênio de Castro(1869/4419) – nasceu em Coimba, formado em letras, viveu algum tempo em Paris onde teve contato com o Simbolismo francês.
<br />Obras:Cristalização da morte(1884)/ Horas tristes(1888), Oaristos(1890), Últimos versos(1938), entre outras. Escreveu ainda peças teatrais.
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<br />Antônio Nobre(1867/1900) – Nasceu no Porto, cursou direito em Coimbra não chegando a se formar, foi para Paris, onde frequentou cursos livres. Morreu de tuberculose em 1900.
<br />Obras: Sò(1892)/ Despedidas(1902)/ Primeiros versos(1921). Observe que as duas últimas foram publicadas postumamente. Sua obra revela fortes traços românticos, quer pelo seu pessimismo, quer pela sua subjetividade, quer pelo nacionalismo. Seu traço Simbolista mais marcante está presente no misticismo religioso.
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<br />Camilo Pessanha(1867/1926)- nasceu em Coimbra, formou-se em direito e exerceu a advocacia e magistério em Macau. De saúde muito frágil, estado agravado pelo consumo do ópio, morreu de tuberculose em 1926.
<br />Obras: Clepsidra(1920) (relógio de água). Deixou ainda contos, crônicas, ensaios e poemas dispersos em jornais e revistas.
<br />A musicalidade e o poder de sugestão são traços simbolistas de sua obra, considerada a mais representativa do Simbolismo português. Para ele, as inovações da linguagem simbolista serviram como veículo para uma poesia que se desliga da subjetividade, do individual, para questionar grandes problemas universais, como o fluir do tempo, a brevidade da vida, a inutilidade de existir, tudo isso conduzindo ao pessimismo que marca sua visão de mundo.
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<br /><strong>Simbolismo no Brasil(1893/1902)
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<br /></strong>1893- publicação de Missal(coletânea de poemas em prosa) e Broquéis( poemas) , de Cruz e Sousa.
<br />1902 – publicação de Os Sertões , de Euclides da Cunha
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<br /><strong>Principais autores e obras
<br /></strong>
<br />Cruz e Sousa (1861/1898) – nasceu em Florianópolis, filho de escravos alforriados, recebeu uma educação escolar primorosa, pois tornou-se protegido dos antigos proprietários de seus pais. Chegou no Rio de Janeiro em 1890, promórdios da República, onde se fixaria para sempre. Foi lá que começou no jornalistmoe logo na vida literária. Conhecei Gavita, com quem se casaria. A mulher enlouqueceu em 1896, sendo cuidada pelo próprio poeta, em casa. Vários poemas de Cruz e Souza têm a loucura como tema. Quando morreu, de tuberculose, tinha 37 anos e era funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil.
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<br />Obras:
<br />Poesia; Broquéis(1893)/ Faróis(1900)/ Últimos sonetos(1905)
<br />Prosa poética: Tropos e fnafarras(1885) – em conjunto com Vírgilio Várzea? Missal(1893)/
<br />Evocações (1898)
<br />É o mais importante escritor simbolista da literatura brasileira. A partir de sua vivência individual - em que teve de superar obstáculos derivados do preconceito de cor – focaliza o drama da condição humana. Tanto na poesia como na prosa poética do autor centram-se na sugestão de elementos místicos, vagos, sombrios, nebulosos da realidade. À medida que sua obra vai-se tornando mais madura, o poeta abandona o plano material, preocupando-se com uma poesia de caráter metafísico, ligada, pois, a coisas do espírito.
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<br />Alphonsus de Guimaraens (1870/1921) – nasceu em Ouro Preto(MG). Seu nome verdadeiro: Afonso Henrique da Costa Guimarães. Ingressou na Escola de Minas, com objetivo de estudar engenharia. Nessa época morreu-lhe a noiva Constança, filha de Bernardo Guimarães – perda de que o poeta parece nunca ter-se recuperado. Veio para São Paulo, onde iniciou o curso de direito que concluiria em Minas. Em 1906 foi nomeado juiz na cidade de Mariana(MG). Lá ele casou, teve quinze filhos, e permaneceu até sua morte.
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<br />Obras:
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<br />Poesia: Setenário das dores de Nossa Senhora/ Câmara ardente/ Dona Mística (todos de 1899)/ Kyriale(1902)
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<br />Prosa: Mendigos(1920)
<br />Sua obra apresenta muitos elementos retomados do Romantismo, como o amor espiritualizado, a evasão, a religiosidade e a morte. Amor e morte, em resumo, são os dois polos de sua preocupação como escritor. Em sua poesia de caráter místico e religioso não há, como na de Cruz e Sousa, lugar para o erostsmo – a mulher é divinizada, comparada à Virgem Maria. A morte da noiva é um motivo sempre retomado em sua poesia.
<br />Escreveu poemas de humor fino e requintado. Essa é uma parte pouco conhecida de sua obra, visto que não a publicou em volume.
<br />
<br />Pedro Kilkerry(1885/1917) – é o pseudônimo de Pedro Militão Kuikuery, nascido em Salvador, Bahia. O pai era descendente de irlandese, e a mãe, baiana. “Boêmio, pobre e, por fim, doente, viveu por muito tempo, num modeswto quarto à rua do Cabeça, em Salvador, onde se entregava à verdaeira febre de saber, lendo, entre outros, Homero, Dante, Shakespeare.” Formou-se na Faculdade de Dieito da Bahia e morreu aos 32 anos em Salvador.
<br />
<br />Obra:
<br />Não teve obra editada. Alguns de seus poemas foram publicados em jornais e revistas da época. Tinha seus poemas de memória e quando os escrevia, era ora nas paredes, ora em trapos de papel ou páginas de livros.A poesia de Kilkerry é condensada, sintética, sem repetições, com metáforas audaciosas. Nesse aspecto, ele supera os preceitos simbolistas e antecipa nosso Modernismo.
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<br />Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-70131891625034975312011-08-31T19:33:00.000-03:002011-08-31T19:41:48.289-03:00Parnasianismo no Brasil - 1882/1893Parnasianismo no Brasil(1882/1893)
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<br />Início – 1882 com a publicação da obra Fanfarras de Teófilo Dias. É curioso notar que o Parnasianismo só conseguiu êxito na França e no Brasil. Um dos princípios norteadores dos parnasianos era a “arte pela arte”, ou seja, a concepção de que a arte deve estar descompromissada da realidade, procurando atingir sobretudo a perfeição formal. Isto significa: a arte por ela mesma e para ela mesma, sem outra finalidade.Os parnasiamos elegeram a Antiguidade clássica (cultura greco-romana)como ponto de referência para almejada perfeição formal.
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<br />Principais Autores e obras
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<br />Olavo Bilac (1865/1918) – Nasceu no Rio de Janeiro. Frequentou curso de Medicina e Direito, não chegando a concluir nenhum deles. Dedicou-se ao jornalismo e ao funcionalismo público. Lançou, em1915, em são Paulo uma campanha cívica de caráter nacionalista e a campanha pelo serviço militar obrigatório. É também o autor da letra do Hino à bandeira .
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<br />Obra
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<br />Poesias: Poesias(1888) – obra que inclui Panóplias, Via Láctea, Sarça de fogo, Alma inquieta e O Caçador de esmeraldas/ Sagres(1898)/ Poesias infantis(1904)/ Tarde (publicada postumamente em 1906).
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<br />Prosa: Crônicas e novela (1894)/ Crítica e fantasia(1904)/ Tratado de versificação(1905) , junto com o poeta Guimarães Passos.
<br />Foi ainda publicitário dos mais requisitados e autor de livros didáticos. A obra de nosso maior poeta parnasiano trata de temas diversificados. A históroa antiga, a história do Brasil, o lirismo amoroso, a morte, a velhice são alguns dos assuntos de seus poemas.
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<br />Raimundo Correia(1860/1911) – nasceu a bordo de um navio, no litoral do maranhão. Foi um dos fundaores da Academia Brasileira de Letras, junto com Machado de Assis.
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<br />Obras
<br />Sinfonias (1883)/ Versos e versões(1887)
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<br />Alberto de Oliveira (1859/1937) – Nasceu em Saquarema (RJ), estudou medicina mas não completou o curso. Foi tmbém fundador da Academia de Letras, eleito Principe dos Poetas brasileiros, em 1924, substituindo Olavo Bilac, primeiro detentor deste título.
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<br />Obras
<br />Canções românticas(1877/78)/ Meridionais(1884)/ Sonetos e poemas(1885)/Versos e rimas(1895).
<br />A trajetória poética de Alberto de Oliveira apresenta duas fases: a primeira revela a escolha de temas exóticos, bem a gosto dos parnasianos, tratados de forma objetiva. Na segunda fase predomina a descrição da paisagem brasileira, já tratada de modo mais subjetivo.
<br />Entre os parnasianos destaca-se ainda o poeta paulista Vicente de Carvalho, conhecido como “o poeta do mar”
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<br />Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-64659753378348281112011-07-03T19:33:00.001-03:002011-07-03T19:35:49.546-03:00Aforismo sânscritoQue pode o rio contra o fogo,<br />a noite contra o sol, as trevas<br />contra a Lua?Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-80140134994184577562011-06-08T19:03:00.005-03:002011-06-17T09:50:32.299-03:00Sobre LeituraOntem, lendo com meus alunos o conto "Aquilo" de Ricardo Azevedo resolvi postar do mesmo autor algumas palavras sobre a leitura . Sábias palavras:<br /><br /><br />" O livro é um lugar de papel e dentro dele existe sempre uma paisagem. O leitor abre o livro, vai lendo, lendo e, quando vê, já está mergulhado na paisagem. Pensando bem, ler e como viajar para outro universo sem sair de casa. Caminhando dentro do livro, o leitor vai conhecer personagens e lugares, participar de aventuras, desvendar segredo, ficar encantado, entrar em contato com opiniões diferentes das suas, sentir medo, acreditar em sonhos, chorar, dar gargalhadas , querer fugir e, às vezes, até sentir vontade de dar um beijinho na princesa. Tudo é mentira. Ao mesmo tempo, tudo é verdade, tanto que após a viagem, que alguns chamam leitura, o leitor, se tiver sorte, pode ficar compreendendo um pouco melhor sua própria vida, as outras pessoas e as coisas do mundo."<br /><br /><br />Assim sendo, gostaria que vocês tivessem conhecimento desse texto e, que na pratica de suas leituras de agora em diante percebecem as possibilidades de conhecerem épocas passadas, presentes, futuras sem sair do lugar, através de uma simples virada de página.Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-48054582937330918702011-05-22T21:17:00.001-03:002011-05-22T21:19:24.720-03:00Realismo/Naturalismo no Brasil (1881/1893)Realismo/Naturalismo no Brasil (1881/1893)<br />O Realismo/Naturalismo brasileiro apresenta basicamente as mesmas características da literatura europeia da época, com algumas variações locais.<br />Iniciou-se no Brasil com a publicação do romance O mulato, de Aluísio Azevedo,e do romance realista Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, ambos publicados em 1881. São romances urbanos, ou seja, que têm como cenário a cidade grande. Segue também a tendência regionalista já estudada no romantismo, mas sem a idealização dos personagens, ao contrário com uma dose marcante de objetividade. Destacam-se na tendência regionalista os ficcionistas Domingos Olímpio e Manuel de Oliveira Paiva.<br />Merece destaque ainda a prosa de Raul Pompéia, escritor que ficou famoso por um único romance – O Ateneu – e cujo estilo é chamado de impressionista. Essa classificação deve-se ao fato de a narrativa construir-se de uma sequência de impressões e recordações do narrador, com um aprofundamento psicológico eu fugia à objetividade procurada pela literatura da época. Este romance foi publicado em 1888, já esboça uma reação ao Naturalismo.<br /><br />Principais Autores e Obras<br />Machado de Assis (1839/1908)<br />Nasceu no morro do Livramento no Rio de Janeiro<br /><br />Obras<br /><br />Poesia – Crisálidas (1864)/ Falenas(1870)/ Americanas(1875)<br /><br />Prosa:<br />Contos – Contos fluminenses(1870)/ Histórias da meia-noite(1873)/ Papéis avulsos(1882)/Histórias sem datas(1884)/ Relíquias da casa velha(1906)<br />Romances – conforme a crítica já consagrou, distinguem-se duas fases nos romances de Machado.<br />1ª fase- romances românticos: Ressurreição(1872)/A mão e a Luva(1874)/ Helena(1876)/ Iaiá Garcia(1878)<br />2ª fase – romances realistas: Memórias Póstumas de Brás Cubas(1881)/ Quincas Borba(1891)/ Dom Casmurro(1889)/Esaú e Jacó(1904)/ Memorial de Aires(1908)<br />Escreveu ainda peças de Teatro.<br /><br />Carcterísticas gerais da obra machadiana<br /><br />Personagens – busca inspiração nas ações rotineiras do homem. Penetra na consciência das personagens para sondar-lhes o funcionamento, mostra-nos, de maneira impiedosa e aguda, a vaidade, a futilidade, a hipocrisia, a ambição, a inveja, a inclinação ao adultério.Escolhe suas personagens entre a burguesia que vive de acordo com o convencionalismo da época, Machado desmascara o jogo das relações sociais, enfatizando o contraste entre essência(o que as personagens são) e aparência (o que as personagens demonstram ser). O sucesso financeiro e social é, quase sempre, o objetivo último dessas personagens.<br /><br />Processo narrativo- preocupa-se mais com a análise da personagens do que com a ação. Por isso, em sua narrativas pouca coisa acontece: há poucos fatos em suas histórias, e todos são ligados entre si por reflexões profundas. Há conversa com o leitor e a análise que o autor faz da própria narrativa.<br /><br />Visão do mundo – humor –vida criticar o ser humanoe suas fraquezas, ora demonstra compaixão pelo homem. No primeiro caso o humor revela-se através da ironia; no segundo, faz o leitor refletir sobre a condição humana. Pessimismo - o homem deforma-se por causa de um sitema social que o leva a tornar-se hipócrita para ser aceito pela opinião pública. Compara a vida com uma peça de teatro onde todos estamos representanto um papel.O tédio e a dor são grandes inimigos da felicidade. Todo ser humano tem que viver uma vida que não escolheu e cujo destino lhe escapa. As causas nobres sempre ocultam interesses impuros.<br />Seu pessismo, no entanto, não é angustiado nem desesperador. Tende para a ironia e propõe a aceitação do prazer relativo que a vida pode oferecer, já eu a felicidade absoluta e inatingível.<br />Visão da Natureza como mãe e inimiga – a natureza considerada aqui todas as forças que estabelecem e conservam a ordem do universo é ao mesmo tempo mãe e inimiga do homem. Mãe porque criou o ser huamno; inimiga porque mantém-se impassível diante do sofrimento, que só terá fim com a morte. Teoria do Humanitismo – trata-se de uma teoria formulada pela personagem Quincas Borba, que aparece em dois romances de Machado.<br /><br /><br />Aluísio Azevedo(1857/1913) Nasceu em São Luís, Capital do Maranhão.<br /><br />Obra<br /><br />Romances românticos – Uma lágrima de mulher(1879)/ Memórias de um condenado(ou A condessa de Vésper)(1882)/ Mistério da Tijuca(ou Girândola de Amores)(1882)/ Filomena Borges(1884)/ A mortalha de Alzira(1894)<br /><br />Romances naturalista – O Mulato (1881)/ Casa de pensão(1884)/ O homem(1877)/ O cortiço(1890)/ O coruja(1890)<br />Aluísio Azevedo pretendeu interpretar a realidade de uma camada social marginalizada, em franco processo de degradação, quer pela força da pressão social, quer pelo determinismo – teoria que o autor considera válida.<br /><br />Raul Pompéia (1863/1895) – Nasceu em Angra dos Reis .Suicidou-se na noite de natal de 1895.<br /><br />Obra<br />Prosa – O Ateneu(1888) romance – Canções sem metro(1900) crônicas, poemas em prosa, divagações poéticas.Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-27068306512556413232011-05-22T21:15:00.001-03:002011-05-22T21:17:02.310-03:00Realismo em Portugal (1865/1890) 2colRealismo em Portugal (1865/1890)<br /><br />1865 – o poeta Antero de Quental publica seu livro de poemas Odes Modernas, considerado o marco<br />inicial do Realismo português.<br />1890- a obra Oaristos, de Eugênio de Castro, marca o início do Simbolismo em Portugal<br /><br />Questão Coimbrã –Antônio Feliciano de Castilho, escreveu um posfácio à obra Poema da Mocidade,<br />do escritor Pinheiro Chagas, que ainda seguia rigidamente o modelo romântico. Nesse posfácio,<br />Castilho elogiava Chagas e acusava o grupo de jovens escritores de Coimbra – que se opunha ao Romantismo – de exibicionismo e do cultivo de temas impróprios à poesia. Antero de Quental<br />respondeu ao velho escritor num folheto denominado Bom senso e Bom gosto, entre outras coisas Antero ridicularizava o romancista e defendia a nova geração. Os termos utilizados por Antero não foram nada equilibrados: A futilidade dum velho desgosta-me tanto como a vravidade numa criança. V.Exª precisa menos cinquenta anos de idade, ou então mais cinquenta de reflexão. Estava criada a polêmica que evidenciava nã uma discordância de ordem pessoal entre Catilho e Antero, mas um divergência entre românticos e realistas. Daí resultou na série de Conferências do Cassino Lisbonense, palestras em que os jovens expunham ideias novas a respeito de literatura e da vida política e cultural do país. Após a quita conferência,autoridades proibiram a atuação do grupo, alegando ofensa aos princípios políticos e religiosos da nação portuguesa. Os moços de Coimbra já tinham se firmado como geração de 70 ou geração realista.<br /><br />Principais autores e obras<br /><br />Antero de Quental (1842/1891) – nasceu em Açores em 1842, de família aristocrática. Foi para Lisboa com 14 anos e iniciou em Coimbra seu curso de direito. Participou ativamente da Questão Coimbrã e partiu para Paris naquele mesmo ano, onde contraiu uma doença que não foi diagnosticada. Aos 49 anos, cometeu suicídio.<br /><br />Obras: Antes de Odes Modernas(1865), publicou poemas em jornais e revistas. Depois três obras de publicação póstumas: Raio de extinta luz(1892), Cartas(1921) e Prosas(três volumes publicados entre 1923e 1931)<br /><br />Eça de Queirós(1845/1900) – nasceu em Póvoa de Varzim, filho natural passou a infância e a adolescência longe do pai. Estudou no Porto e mais tarde formou-se em direito em Coimbra.<br /><br />Obras<br />Romance: O mistério da estrada de Sintra(1871)/ O crime do padre Amaro(1875)/ O primo Basílio(1878)/ O Mandarim(1879)/ A relíquia(1887)/ Os maias(1888)/ A casa de Ramires(1900)/ A cidade e as serras(1901)<br />Escreveu ainda contos e literatura de viagens.<br />A produção literária de Eça de Queirós pode ser assim esquematizada:<br />1ª fase – obras com influência romântica. É o caso de O mistério da estrada de Sintra.<br /><br />2ª fase – obra de caráter realista/naturalista. É a melhor parte de sua produção literária. Nela se enquadram O crime do padre Amaro, O primo Basílio, Os maias. Nesta fase, o autor analisa e critica principalmente a burguesia e o clero.<br /><br />3ª fase – é a obra que revela meditação sobre o significado da existência humana e dos destinos da pátria. Nessa fase enquadram-se A ilustre casa de Ramires e A cidade e as serras. A proposta de volta ao campo e de cultivo dos valores nacionais são o ponto de maior realce dessa fase. Deixou contos de indiscultível valor literário. Eça de Queirós e considerado um dos maiores prosadores portugueses de todos os tempos.Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-436021684177403132011-05-22T21:02:00.002-03:002011-05-22T21:13:27.335-03:00Realismo/Naturalismo/ParnasianismoRealismo/ Naturalismo/Parnasianismo<br /><br />I - A partir, da segunda metade do século XIX, a situação cultural europeia começa a apresentar certas características que vão fornecer novos meios para análise do homem e da sociedade.<br />Dentre as teorias científicas difundidas nessa época destacam-se o Evolucionismo (Darwim), com sua doutrina da seleção natural/ o Positivismo(Comte), com a formulação de leis para explicar o comportamento e as transformações da sociedade/ e o Determinismo(Taine), que atribuía à hereditariedade eoa ambiente um peso decisivo para explicação do comportamento humano. <br />II - no Brasil, importante movimento de renovação do pensamento foi a Escola de Recife, liderada por Tobias Barreto.<br />III - a reação anti-romântica é marcada por três tendências literárias: O Realismo/Naturalismo<br />( na prosa)/ o Parnasiamismo (na poesia).<br /><br />O REALISMO<br />Começa na França em 1857, com o romance “Madame Bovary” de Gustave Flaubert. Em Portugal - 1865 – o poeta Antero de Quental publica seu livro de poemas “Odes Modernas, considerado o marco inicial do Realismo português. No Brasil, início é com”Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis (1881).<br /><br />Características predominantes<br /><br />- predonima uma concepção materialista da realidade<br />- observação e análise da realidade<br />- para compreender e explicar a realidade o homem só pode valer-se do conhecimento científico, através dos fatos.<br />- objetividade<br />- aprofundamento da análise psicólogica das personagens<br />- as personagens são tipos concretos, vivos<br />- determinismo na atuação das personagens<br />- fatos e tipos vulgares são comuns da vida cotidiana<br />- ganham destaques os aspectos negativos e as injustiças sociais<br />- temas muitos frequentes: adultério/ anticlericalsimo<br />- preferência pelos fatos contemporâneos<br />- preocupação com minúcias<br />- linguagem natural<br />- narrativa lenta<br />- clareza, equilíbrio e harmonia na composição<br /><br />NATURALISMO<br /><br />Começa na frança, em 1867, com o ramance “Thérèse Raquim” de Emile Zola.<br />No Brasil, o início é com “O mulato” de Aluísio Azevedo, em 1881.<br />O Naturalismo segue em linhas gerais, as características do Realismo.<br />Umas das diferenças marcantes do Realsimo: a preocupação científica, ou seja, o constante interesse de explicar e justificar através da ciência o procedimento das personagens e dos fenômenos apresentados.<br /><br />Outras diferenças do Realismo e do Naturalismo<br /><br />Realismo<br /><br />- faz romance de tese<br />- focaliza o sociológico e psicológico<br />- detém a análise em determinado ponto<br />- é indireto na interpretação deixa subentendido:leitor tira as suas conclusões<br /><br />Naturalismo<br /><br />- faz romance de tese experimental<br />- focaliza o patológico<br />- não detém a análise vai até o fim<br />- direto na interpretação; expõe conclusões: cabe ao leitor aceitá-los ou discutí-las<br /><br />Ambos procuram retratar o real<br /><br />- fundamentação filosófica idêntica: positivismo e determinismo<br />- diferem na aplicação da teoria<br />- são ambos anticlericais, antirromânticos e anti-burgueses<br />- querem retratar e educar a sociedade<br /><br />PARNASIANISMO<br /><br />- reação, na peosia, contra o Roamantismo<br />- começou na França<br />-o nome provém de “Parnasse Contemporaum”(1886), antologia incluíndo poemas de Théophile Gauter, Benville e Lecomte de Lisle<br />- Parnaso – segundo a mitologia grega era uma região habitada por poetas<br /><br />Características<br /><br />- culto a forma<br />- arte pela arte<br />- poesia<br />- busca da impassibildade<br />- objetividade<br />- gosto pelo soneto<br />- preferência pelo soneto<br />- preferência pelos versos alexandrinos e decassílabos<br />- valorização do pormenor<br />- apego ao histórico, ao exótico, ao pitoresco e ao mitológiaco<br />- evocação da antiguidade greco-ramana<br />- retratos da natureza e de objetosLiteratura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-83122091800904472062011-05-09T20:37:00.003-03:002011-05-09T20:54:24.939-03:00Período composto por Coordenação e Subordinação<strong>O Período Composto se caracteriza por possuir mais de uma oração em sua composição.<br /></strong><br />Sendo Assim:<br /><br />- Eu irei à praia. (Período Simples)<br />- Estou <a href="http://www.infoescola.com/portugues/oracoes-coordenadas-assindeticas-e-sindeticas/">comprando</a> um protetor solar, depois irei à praia. (Período Composto)<br />- Já me decidi: só irei à praia, se antes eu <a href="http://www.infoescola.com/portugues/oracoes-coordenadas-assindeticas-e-sindeticas/">comprar</a> um protetor solar. (Período Composto).<br /><br />Cada verbo ou <a href="http://www.infoescola.com/portugues/locucao-verbal/">locução verbal</a> sublinhada acima corresponde a uma oração. Isso implica que o primeiro exemplo é um período simples, pois tem apenas uma oração, os dois outros exemplos são períodos compostos, pois têm mais de uma oração.<br />Há dois tipos de relações que podem se estabelecer entre as orações de um período composto: uma relação de coordenação ou uma relação de subordinação.<br />Duas orações são coordenadas quando estão juntas em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de informações, marcado pela <a href="http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/">pontuação</a> final), mas têm, ambas, estruturas individuais, como é o exemplo de:<br /><br />- Estou <a href="http://www.infoescola.com/portugues/oracoes-coordenadas-assindeticas-e-sindeticas/">comprando</a> um protetor solar, depois irei à praia. (Período Composto)<br />Podemos dizer:<br /><br />1. Estou <a href="http://www.infoescola.com/portugues/oracoes-coordenadas-assindeticas-e-sindeticas/">comprando</a> um protetor solar.<br />2. Irei à praia.<br />Período Composto por Coordenação.<br />Separando as duas, vemos que elas são independentes.<br /><strong></strong><br /><strong>Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sindéticas.<br /></strong><br /><strong>Coordenadas Assindéticas</strong> são orações coordenadas entre si e que não são ligadas através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.<br /><strong></strong><br /><strong>Coordenadas Sindéticas ao </strong>contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coordenativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração uma classificação:<br /><strong>As orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.<br /></strong><br />Vejamos exemplos de cada uma delas:<br /><strong></strong><br /><strong>Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas</strong>: e, nem, não só… mas também, não só… como, assim… como.<br />- Não só cantei como também dancei.<br />- Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia.<br />- Comprei o protetor solar e fui à praia.<br /><br /><strong></strong><strong>Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas</strong>: mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão.<br />- Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.<br />- Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dançando.<br />- Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à praia.<br /><br /><strong>Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas:</strong> ou… ou; ora…ora; quer…quer; seja…seja.<br />- Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.<br />- Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras diferentes.<br />- Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quarto.<br /><strong></strong><br /><strong>Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas</strong>: logo, portanto, por fim, por conseguinte, conseqüentemente.<br />- Passei no vestibular, portanto irei comemorar.<br />- Conclui o meu projeto, logo posso descansar.<br />- Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada.<br /><strong></strong><br /><strong>Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas</strong>: isto é, ou seja, a saber, na verdade, pois.<br />- Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo.<br />- Só fiquei triste por você não ter viajado comigo.<br />- Não fui à praia pois queria descansar durante o Domingo.<br /><br /><strong>No período composto por subordinação, as orações são dependentes entre si por meio de suas estruturas</strong>.<br /><br />Há três tipos de orações subordinadas: As adverbiais, as adjetivas e as substantivas Trataremos aqui especificamente sobre o primeiro tipo<br /><strong></strong><br /><strong>Orações Subordinadas Adverbiais<br /><br /></strong><strong></strong>Existem nove tipos de orações subordinadas adverbiais. Esse tipo de oração age na frase como um <a href="http://www.infoescola.com/portugues/adverbios/">advérbio</a>, modificando o sentido de outras orações e ocupando a função de um adjunto adverbial.<br />As orações adverbiais são sempre iniciadas por uma conjunção subordinativa.<br /><br />São elas:<br /><strong>Causal:</strong> designam a causa, o motivo.<br />Exemplo:<br />- Ela cantou porque ouviu sua banda favorita.<br /><strong>Comparativa:</strong> estabelece uma comparação com a oração principal.<br />Exemplo:<br />- Ela andava leve como uma borboleta.<br /><strong>Concessiva:</strong> se opõe às idéias expressas pela oração principal.<br />Exemplo:<br />- Embora a prova estivesse fácil, demorei bastante para terminar.<br /><strong></strong><br /><strong>Condicional</strong>: expressa uma condição para que aconteça aquilo que a oração principal diz.<br />Exemplo:<br />- Caso você não <a href="http://www.infoescola.com/portugues/oracoes-subordinadas-adjetivas-e-adverbiais/">estude</a>, ficará muito ansioso para a prova.<br /><strong></strong><br /><strong>Conformativa:</strong> expressam conformidade ou algum tipo de acordo com a oração principal.<br />Exemplo:<br />- Como eu havia te falado, a prova não estava fácil.<br /><strong></strong><br /><strong>Consecutiva:</strong> é a conseqüência da oração principal.<br />Exemplo:<br />- Comecei o dia tão mal que não consegui me concentrar no trabalho.<br /><strong></strong><br /><strong>Final:</strong> indica finalidade, propósito para que acontece a oração principal<br />Exemplo:<br />- Não vou fechar os portões da biblioteca, para que você possa fazer sua pesquisa.<br /><br /><strong>Proporcional:</strong> indica proporção.<br />Exemplo:<br />- Quanto mais você fumar, mais grave ficará sua doença.<br /><strong>Temporal:</strong> localiza a oração principal em um determinado tempo.<br />Exemplo:<br />- Quando você voltar nós conversaremos com calma.<br /><br /><strong>Orações Subordinadas Adjetivas<br /></strong><br /><strong>Orações adjetivas</strong> são aquelas orações que exercem a função de um adjetivo dentro da estrutura da oração principal. Elas são sempre iniciadas por um pronome relativo e servem para caracterizar algum nome que aparece na estrutura da frase.<br /><br /><strong>Há dois tipos de orações adjetivas: as restritivas e as explicativas.<br /></strong><br /><strong>O. S. Adjetivas Restritivas</strong>: funcionam como <a href="http://www.infoescola.com/portugues/adjunto-adnominal/">adjuntos adnominais</a> e servem para designar algum elemento da frase. Não pode ser isolada por vírgulas, e restringe, identifica o <a href="http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/">substantivo</a> ou pronome ao qual se refere.<br />Exemplo:<br />- Você é um dos poucos <a href="http://www.infoescola.com/portugues/oracoes-subordinadas-adjetivas-e-adverbiais/">alunos </a>que eu conheço.Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva<br />- Eles são um dos casais que falaram conosco ontem.Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva<br />- Os idosos que gostam de dançar se divertiram muito.Suj. + O.S. Adjetiva Restritiva + VI + adj. Adv.<br /><strong>O. S. Adjetivas Explicativas</strong>: ao contrário das restritivas, são quase sempre isoladas por vírgulas. Servem para adicionar características ao ser que designam. Sua função é explicar, e funciona estruturalmente como um aposto explicativo.<br />Exemplo:<br />- Meu tio, que era <a href="http://www.infoescola.com/portugues/oracoes-subordinadas-adjetivas-e-adverbiais/">advogado</a>, prestou serviços ao réu.Sujeito + O.S. Adj. Explicat. + VTDI + OD + OI<br />- Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros graves.Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VTD + OD<br />- Os idosos, que gostam de dançar, se divertiram muito.Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VI + Adj. Adv.<br /><strong>Orações Subordinadas Substantivas<br /></strong><br />São orações que exercem a mesma função que um <a href="http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/">substantivo</a>, na estrutura sintática da frase.<br />Exemplo 1:<br />- A menina quis um sorvete. (período simples)A menina = sujeito;Quis = verbo transitivo direto;Um sorvete = <a href="http://www.infoescola.com/portugues/objeto-direto/">objeto direto</a>;<br />Temos duas posições na frase anterior em que podemos usar um substantivo: o sujeito (menina) e o objeto direto (sorvete). Nessas mesmas posições podem aparecer, em um período composto, orações subordinadas substantivas.<br />Dependendo de onde elas apareçam e da função que elas exerçam, poderemos classificar como Subjetiva (função de sujeito) ou como Objetiva direta (função de objeto direto).<br />Sendo assim, notamos que:<br />- A menina quis que eu comprasse sorvete. (período composto)A menina = sujeito;Quis = verbo transitivo direto;Que eu comprasse sorvete = Oração subordinada substantiva Objetiva direta<br />E ainda em:<br />- Quem me acompanhava quis um sorvete. (período composto)Quem me acompanhava = oração subordinada subjetiva;Quis = verbo transitivo direto;Um sorvete = Objeto direto;<br />Além das posições de <a href="http://www.infoescola.com/portugues/sujeito-e-predicado/">sujeito</a> e objeto direto, as orações subordinadas substantivas podem exercer a função de um <a href="http://www.infoescola.com/portugues/predicativo-do-objeto/">predicativo</a>, de um <a href="http://www.infoescola.com/portugues/objeto-indireto/">objeto indireto</a>, de um <a href="http://www.infoescola.com/portugues/aposto/">aposto</a> e de um <a href="http://www.infoescola.com/portugues/complemento-nominal/">complemento nominal</a>.<br /><strong></strong><br /><strong>Portanto podemos ter oração subordinada substantiva de 6 tipos:<br /><br /></strong><strong></strong>1. <strong>Subjetiva</strong>: ocupa a função de sujeito.<br />Exemplos:<br />- É preciso que o grupo melhore.<a href="http://www.infoescola.com/portugues/verbos-de-ligacao/">Verbo de Ligação</a> + predicat. + O. S. S. Subjetiva<br />- É necessário que você compareça à reunião.VL + predicat. O. S. S. Subjetiva<br />- Consta que esses homens foram presos anteriormente.VI + O. S. S. Subjetiva<br />- Foi confirmado que o <a href="http://www.infoescola.com/portugues/oracoes-subordinadas-substantivas/">exame</a> deu positivo.Voz passiva O. S. S. Subjetiva<br /><br />2. <strong>Predicativa:</strong> ocupa a função do predicativo do sujeito.<br />Exemplos:<br />- A dúvida é se você virá.Suj. + VL + O. S. S. Predicativa<br />- A verdade é que você não virá.Suj. + VL + O. S. S. Predicativa<br /><br />3. <strong>Objetiva Direta</strong>: ocupa a função do objeto direto. Completa o sentido de um Verbo Transitivo Direto.<br />Exemplos:<br />- Nós queremos que você fique.Suj. + VTD + O. S. S. Obj. Direta<br />- Os <a href="http://www.infoescola.com/portugues/oracoes-subordinadas-substantivas/">alunos</a> pediram que a prova fosse adiada.Sujeito + VTD + O. S. S. Objetiva Direta<br /><br />4. <strong>Objetiva Indireta</strong>: ocupa a função do objeto indireto.<br />Exemplos:<br />- As crianças gostam (de) que esteja tudo tranqüilo.Sujeito + VTI + O. S. S. Objetiva Indireta<br />- A mulher precisa de que alguém a ajude.Sujeito + VTI + O. S. S. Obj. Indireta<br /><br />5. <strong>Completiva Nominal</strong>: ocupa a função de um complemento nominal.<br />Exemplos:<br />- Tenho vontade de que aconteça algo inesperado.Suj. + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Completiva Nominal<br />- Toda criança tem necessidade de que alguém a ame.Sujeito + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Comp. Nom.<br /><br />6. <strong>Apositiva:</strong> ocupa a função de um aposto.<br />Exemplos:<br />- Toda a família tem o mesmo objetivo: que eu passe no vestibular.Sujeito + VTD + Objeto Direto + O. S. S. ApositivaLiteratura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-36949302610702540692011-03-12T18:39:00.003-03:002011-03-12T19:02:19.493-03:00> 24 Pré-Modernismo brasileiro (1902/1922)Pré-Modernismo – Euclides da Cunha, Graça Aranha, Lima Barreto e Monteiro Lobato (prosa) – Augusto dos Anjos (poesia)<br /><br />Início – 1902 com a publicação das obras: Os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Sertões</span> de Euclides da Cunha e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Canaã</span> de Graça Aranha<br />Chama-se pré-modernismo a literatura das primeiras décadas do século XX que procurou interpretar a realidade nacional, estampando a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">problemática</span>, os caracteres e a linguagem das diversas regiões do Brasil, assim como o comportamento das sociedades urbanas. De 1902 a 1922, entre outros assuntos brasileiros, comentava-se a imigração alemã ( Graça Aranha); analisava-se o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">sertanejo</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">nordestino</span> (Euclides da Cunha); denunciava-se a miséria do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">caboclo</span> (Monteiro Lobato); registravam cenas dos subúrbios cariocas (Lima Barreto). Canaã e Os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">Sertões</span> ambas publicadas em 1902,representam o marco inicial do Pré- Modernismo.<br /><br />Principais Autores e obras<br /><br />Euclides da Cunha(1866/1909) – nasceu e morreu no Rio de Janeiro, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">correspondente</span> do Jornal “ O Estado de São Paulo” presencia os acontecimentos de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">Canudos</span> (1897)<br /><br />Obras<br />Os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">Sertões</span>/ Contrastes e confrontos/ Peru <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">versus</span> Bolívia/ A Margem da História/ <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">Canudos</span>(diário de uma expedição)/ Castro Alves e seu Tempo.<br /><br />Graça Aranha(1968/1931)- nasceu no Maranhão e morreu no Rio de Janeiro. Cursou direito em Recife, juiz, diplomata , membro da Academia de letras brasileira. Participou da Semana da Arte Moderna no Brasil (1922).<br /><br />Obras<br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Canaã</span>(romance)/ <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Malasarte</span>(drama folclórico)/ A estética da vida(filosofia)/A <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">correspondência</span> de Machado de Assis e Joaquim <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">Nabuco</span>/ O espírito Moderno/ Futurismo-Manifesto de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">Marinette</span> e seus companheiros/A viagem maravilhosa(romance)/ O meu próprio romance.<br /><br />Lima Barreto(1881/1922) – Nasceu e morreu no Rio de Janeiro. Origem humilde não completou os estudos, mestiço, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">alcóolatra</span>, jornalista. Criticado na época pelo estilo desleixado. Considerado o escritor da I República. Focaliza o drama existencial do negro e do mulato. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">Monstra</span> os humildes <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">funciários</span> públicos, os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">boêmio</span>, os vencidos da vida. Retrata os subúrbios do Rio de Janeiro.<br /><br />Obras<br />Romances: Recordações do escrivão Isaías Caminha/ Triste fim de Policarpo Quaresma/ Numa e Ninfa/ Morte de M.J Gonzaga de Sá/ Clara dos Anjos<br />Sátira: Os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">Bruzundangas</span><br />Humorismo: Aventura do Dr. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">Bogoloff</span><br />Artigos e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">crônicas</span>: Feira e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">Mafuás</span>/ <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">Marginália</span><br />Memórias e reflexões: Cemitério dos vivos (inacabada)<br /><br />Monteiro Lobato(1882/1948) – nasceu em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">Taubaté</span> e morreu em São Paulo. Cursou direito, promotor, fazendeiro, jornalista e editor. Preso no governo de Getúlio <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">Vargas</span>. Criador de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">Jeca</span> Tatu. Escreve o artigo “Paranóia ou Mistificação?” criticando a pintora Anita <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">Malfatti</span>(1917).<br />Linguagem plena de expressões regionais.<br />Primeira obra – <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">Urupês</span> (contos)<br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">Irônico</span> e com grande capacidade humorística <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">ridicularizava</span> tipos e costumes.<br />Rica literatura infantil.<br />Não aderiu ao grupo do Modernismo<br /><br /><br />Obras<br />Contos: <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">Urupês</span> (1918)/ Cidades Mortas(1919), Negrinha(1920)<br />Escreveu ainda <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_34">crônicas</span>, artigos e ensaios.<br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_35">Urupês</span> e Cidades Mortas são livros que retratam a linguagem e os costumes <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_36">interioranos</span>, quase sempre com intenção satírica.<br />Em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_37">Urupês</span> criou a figura de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_38">Jeca</span> Tatu, símbolo de nosso <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_39">caboclo</span>.<br />Cidades mortas tem como pano de fundo as decadentes cidades <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_40">paulistas</span> do Vale do Paraíba durante o declínio da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_41">atividade</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_42">cafeeira</span>.<br />Esse interesse em captar o cenário e o homem regional revela a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_43">preexistência</span> do regionalismo em nossa literatura.<br />A denúncia da situação precária do negro e do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_44">preconceidto</span> racial aparece em Negrinha.<br />Nessas obras percebe-se o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_45">Labato</span> crítico, para quem certos hábitos brasileiros eram insuportáveis: a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_46">supervalorização</span> de tudo que era estrangeiro; o nacionalismo cego;a falta de consciência política do povo. Em termos de linguagem, a aspiração maior de Lobato foi aproximar o texto literário da fala coloquial.<br /><br />Augusto dos Anjos(1884/1914) –único poeta considerado Pré-modernista – nasceu em engenho de Pau-d’Arco, na Paraíba, e morreu em Leopoldina (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_47">MG</span>).<br /><br />Obra<br />Eu(1912) – a essa única obra, constituída de sonetos e de 58 poemas longos, foram-se agregando mais tarde outros poemas.<br />Escreveu ainda <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_48">crônicas</span> para jornais.<br />Sua poesia não encontra paralelo em nossa literatura, sobretudo pelo vocabulário, considerado na época anti-poético, de mau gosto, pois contrariava os padrões de bom gosto vigentes na época.<br />Mas o que chamou mesmo a atenção foi a linguagem, que empregava muitos termos da ciência da época, a ponta de o EU ter sido incorporado à biblioteca da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. O poeta mostrava sintonia com as teorias de Darwin e Spencer.<br />Essa linguagem é o veículo para os temas fundamentais da poesia de Augusto dos Anjos: <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_49">decomposição</span>, podridão, sofrimento, morte. Nesse terreno, move-se o verme, agente da destruição a que está sujeito todo universo.Um crítico chamou a obra de poesia de necrotério. O sucesso de público da poesia de Augusto dos Anjos é bastante considerável: o EU já teve mais de trinta edições.Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-88609527225810077182011-03-12T17:43:00.003-03:002011-03-12T18:11:01.628-03:00> 23 Romantismo no Brasil ( 1836/1881)<span style="color:#3366ff;">Caros alunos, aqui começamos o Romantismo no Brasil. Movimento transbordante de emoções e de grande importância para nossa cultura, pois podemos saborear acontecimentos sociais da época. Os grandes bailes, os saraus, casamentos por conveniência e a burguesia agora grande consumidora de obras de arte graças ao seu poder de compra. Aqui, começa a busca de nossa identidade nacional na literatura.</span><br /><br /><br /><br /><br />Romantismo no Brasil (1836/1881)<br /><br />1836- início no Brasil - com a publicação da obra Suspiros poéticas e saudades – Gonçalves Magalhães ( na poesia) e, em 1844 A Moreninha – de Joaquim Manoel de Macedo ( na prosa)<br />1881 – início do Realismo/Naturalismo/Paranasianismo no Brasil com a publicação das obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis / O Mulato – Aluisio Azevedo / Fanfarras – Teófilo Dias<br /><br />Principais autores<br /><br />a) na poesia:<br /><br />1ª geração (nacionalismo, indianismo, religiosidade)<br />- Gonçalves de Magalhães / Araújo Porto Alegre / Gonçalves Dias<br /><br />2ª geração (byronismo ou mal-do-século) – distingui-se o Byronismo literário pela temática do tédio, do amor, da morte, da dúvida. É o ultra-romantismo, egocêntrico e mórbido, momento mais radical da peosia romântica. Os autores europeus que mais influenciaram o também chamado mal-do-século: Byron e Musset.<br /><br />- Álvares de Azevedo / Casimiro de Abreu / Junqueira Freire /Fagundes Varela<br /><br />3ª geração – ( poesia social ou candoreirismo) – O condoreirismo caracteriza-se como estilo vibrante e oratório, repleto de metáforas ousadas, hipérboles e antíteses,revelando temais sociais.<br /><br />Castro Alves / Tobias Barreto<br /><br />b) na prosa:<br /><br />Teixeira e Souza / Joaquim Manuel de Macedo/ Manuel Antônio de Almeida / José de Alencar/ Bernardo Guimarães/ Franklin Távora /Visconde de Tanunay<br /><br />c) no teatro<br /><br />Gonçalves de Magalhães / Martins Pena / Gonçalves Dias / José de Alencar /Joaquim Manuel de Macedo<br /><br />Prosa de ficção romântica<br /><br />Alguns citam como iniciador o “ Filho do Pescador” (1843), de Teceira e Sousa como o primeiro romance brasileiro. Outros assim consideram “A moreninha”(1844), de Joaquim Manuel de Macedo, pois foi a primeira obra do gênero da alcançar grande popularidade.<br />Caraterização geral no Brasil – folocaliza tipos, ambiente e costumes locais, mas não apresenta profundidade na análise psicológica das personagens. Linguagem descritiva e emocional.<br /><br /><br />Divisão do Romance romântico<br /><br />1- Romance histórico – evoca fatos do passado dentro do espiríto nacionalista do Romantismo, numa espécie de reinterpretação de episódios e vultos da nossa história. Destaques: O guarani/ As minas de Prata/ A guerra dos mascates(José de Alencar); Lendas e Romances/ Histórias e Tradição da Provincia de Minas Gerais/ Maurício(Bernardo Guimarães); O cabeleira/ O matuto,Lourenço(Franklin Távora)<br /><br />2- Romance urbano – envolve tipos humanos e situações do Rio de Janeiro, abordando problemas morais e sociais. Destaques: Senhora/ Lucíola(José de Alencar); A moreninha ( Joaquim Manuel de Macedo); Memórias de um Sargento de Milícias(Manoel Antônio de Almeida); Ressurreição/ A mão e a luva/ Helena/ Iaiá Garcia(Machado de Assis)<br />3- Romance indianista – mostra o índio como herói, valoroso e nobre, além de elemento formador da nossa nacionalidade. Destaque: O guarani/ Iracema/ Ubirajara(José de Alencar); O índio Afonso Jupira(Bernardo Guimarães)<br /><br />4- Romance regionalista – conhecido também como sertanejo enfoca o homem do interior e as pecuralidades de diversas regiões. Destaque: Inocência(Visconde de Taunay); O sertanejo/ O gaúcho/ O tronco do Ipê(José de Alencar); O ermitão de muquém/O seminarista(Bernardo Guimaraes); O cabeleira/ O Matuto,Lourenço(Franklin Távora).<br /><br />Teatro - Martins Pena e outros<br /><br />Antecedentes: século XVI o teatro foi colocado a serviço da catequização dos índios. Destacaram-se os autos de José de Anchieta, ligados à tradiçao medieval dos milagres e moralidades, apreciado por colonos e selvagens. Os dois séculos seguintes marcaram um afastamento completo entre a literatura teatral e o povo da colônia, sem autores de relevo. Só no século XIX o teatro brasileiro retorna à realidade social para não mais abandoná-la.<br />A construção, em 1813, da nossa primeira grande casa de espetáculos, O Real Teatro de São João(...) e as primeiras companhias europeias atraídas ao Rio de Janeiro pela Família Real, foram elementos decisivos na formação de ambiente próprio à criação do teatro brasileiro.<br />Gonçalves de Magalhães iniciou o teatro romântico com a Tragédia “Antônio José ou O poeta e a Inquisição(1838)”.<br />Alguns meses depois, ainda em 1838, encenou-se a primeira comédia romântica: “O Juiz da Paz da Roça” de Martins Pena.<br />João Caetano constituiu-se no mais importante ator da época.<br />Fecunda companhia em favor do teatro brasileiro foi desenvolvido por: Gonçalves de Magalhães, Araújo Porto Alegre, Martins Pena, João Caetano.<br />De 1838 a 1855, predominaram as comédias de costumes e os dramas históricos e sentimentais.<br />A partir de 1855, surgem os dramas de Casaca( teatro de atualidade, de tese social e de análise psicológica, transição para o teatro realístico, definido por volta de 1880, principalmente com Artur Azevedo).<br /><br />Os Autores mais apreciados: Macedo, Alencar, Machado de Assis e França Junior.<br /><br />Martins Pena- o principal teatrólogo do Romantismo e do século XIX – nasceu no Rio de Janeiro (1815) e morreu em Lisboa (1848). Origem humilde, frequentou aulas do comércio e da Academia de Belas Artes. Introduziu comédia de costumes com “Juiz da Paz na Roça (1838)<br />Obras:<br />Comédias: O juiz de paz da roça/ Um sertanejo na corte/ A familia e a festa na roça/ Os dois ou O Inglês Maquinista/ O judas em sábado da Aleluia/ O irmão das almas/ O diletante/ O noviço/ Quem casa quer casa/ Os ciúmes de um pedestre ou O terrível capitão do mato/ As desgraças de uma criança/ A barriga de meu tio/ Os três médicos.<br />Dramas históricos: D. João Lira ou o Repto/ D. Leonor Teles/ Itaminda ou O guereiro de Tupã/ Vitiza ou O Nero de Espanha/ Fernado ou O cinto Acusador.<br /><br />Gonçalves Dias – Drama histórico- “Leonor de Mendonça”<br /><br />José de Alencar – intuito moralizador - O demônio familiar(comédia)/ Mãe(drama)<br /><br />França Junior – explorou o ridículo de alguns tipos da burguesia do século XIX com grande comicidade. “Como se fazia um deputado” comédia de grande sucesso.<br /><br />Agrário de Meneses e Paulo Eiró – tema a escravidão.<br />Agrário de Meneses escreveu “Calabar” (drama em verso).<br />Paulo Eiró “Sangue Limpo”.Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-17258229885556118822011-03-12T17:29:00.004-03:002011-03-12T19:00:19.313-03:00> 22 Fases do Modernismo brasileiro<span style="color:#3366ff;">Após, o grande acontecimento da Semana de 22 veremos as fases do Modernismo brasileiro. Essas fases deverão ser fontes de conhecimento onde vocês terão informações sobre características, principais representantes e suas obras. Lembrando que as datas são marcadores para facilitar o estudo, podendo os autores ultrapassarem os limites destas e participarem de todas seguindo características específicas de cada uma.</span><br /><br />As fases do Modernismo<br /><br />1ª fase – 1922 a 1930 – conhecida como fase de destruição<br /><br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Características</span><br />- luta contra o tradicionalismo<br />- total liberdade de forma<br />- nacionalismo<br />- valorização poética do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">cotidiano</span><br />- espírito <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">polêmico</span> e destruidor<br />- busca de originalidade<br />- xenofobia<br />- irreverência iconoclasta<br />- temas mais próximos da nossa realidade<br />- verso livre<br />- pesquisa folclórica<br />- poema-piada<br />- <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">conscientização</span> dos problemas brasileiros<br />- primado da poesia sobre a prosa<br /><br />Principais autores<br />Mário de Andrade / <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Oswalde</span> de Andrade / Manuel Bandeira / Raul <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">Bopp</span> / <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">Menotti</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">del</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">Picchia</span> / Guilherme de Almeida / Cassiano Ricardo / Alcântara Machado<br /><br />Principais obras<br />- <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">Paulicéia</span> Desvairada – Mário de Andrade<br />- Memórias Sentimentais de João <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">Miramar</span> – <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">Oswald</span> de Andrade<br />- A escrava que não era Isaura – Teoria poética do Modernismo – Mário de Andrade<br />- <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Macunaíma</span> – Mário de Andrade<br />- Martim <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Cererê</span> – Cassiano Ricardo<br />- Cobra <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">Norato</span> – Raul <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">Bopp</span><br />- Brás, Bexiga e Barra Funda – Alcântara Machado<br /><br />2ª fase – 1930 a 1945 – conhecida como fase de construção<br /><br />Características<br />- desenvolvimento do romance<br />- ficção regionalista (sobretudo a nordestina)<br />- visão crítica das realções sociais<br />- desenvolve-se a análise psicológica<br />- amplia-se a temática da poesia, com preocupação também religiosa e filosófica<br />- ao lado do verso livre, reaparece o verso tradicional, assim como o soneto e outras formas fixas<br />Principais autores e obras<br /><br />Na prosa:<br /><br />Graciliano Ramos (1892/1953)<br />Romances: Caetés(1933) / São Bernardo(1934) / Angústia(1936) / Vidas Secas(1938) / escreveu ainda parte do romance Brandão entre o mar e o amor, em parceira com Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Jorge Amado e Anibal Machado<br />Conto: Insônia(1947)<br />Memórias: Infância(1945) / Memórias do cárcere(1953) / Viagem(1954) / Linhas Tortas(1962)<br />Crônicas: Viventes das Alagoas(1962) /<br />Literatura infanto-juvenil: A terra dos meninos pelados(1937) / Histórias de Alexandre(1944) / Histórias incompletas (1946)<br /><br />José Lins do Rego (1901/1957)<br />O próprio autor classificou seus romances em três ciclos:<br /><br />a- ciclo da cana-de-açucar – Menimo do engenho(1932) / Doidinho(1933) / Bangüê(1934) / Usina(1936) / Fogo Morto(1943)<br /><br />b- ciclo do cangaço – misticismo e seca: Pedra Branca(1938) / Cangaceiros(1953)<br /><br />c- obras independentes: O moleque Ricardo(1934) / Riacho doce(1939) / Água mãe(1941) e Eurídice((1947) – os únicos ramances que não têm o nordeste no cenário.<br /><br />Érico Vessímo(1905/1975)<br /><br />Romance urbano – Clarissa / Olhai os lírios do campo / O resto é silêncio / Caminhos cruzados<br /><br />Romance histórico – nessa categ´ria está a obra-prima de èrico Veríssimo: a trilogia O tempo e o Vento, que saiu entre os anos de 1949 e 1961, em três romances: I- O continente(1949) / II- O retrato(1951) / III- O arquipélogo(1961) – formação social, econômica e política do Rio Grande do Sul, no período compreendido entre 1745 e 1945. Fatos importantes da nossa história aparecem no romance tais como: a Coluna Prestes, a Revolução de 32,o Levante comunsita de 1935... Tudo isso como eixo narrativo a disputa pelo poder entre as famílias Amaral e Terra Cambará. Dessa trilogia, destacam-se como personagens Ana Terra e Rodrigo Cambará. È uma obra épica, a saga do Rio Grande do Sul.<br /><br />Romance político – São obras que se atêm à política nacional – Incidente em Antares(1971) – ou internacional - /O senhor embaixador(1965), que trata de uma revolução numa república fictícia da América Central. / O prisioneiro(1967) tem como cenário o Sudeste asiático<br /><br />Jorge Amado(1912/)<br /><br />Romance da Bahia (denominação do próprio escritor) – tendo Salvador com cenário – O país do Carnaval/ Suor/ Capitães da areia<br />Romances ligados ao ciclo do cacau – agora o cenário e outro: as fazendas de cacau do Sul da Bahia, conflitos sociais decorrentes da oposição entre trabalhador rural e o exportador de cacau – Cacau / São Jorge dos Ilhéus / Terras do sem-fim<br />Crônicas de costumes – Mar morto / Gabriela cravo e canela / A morte e a morte de Quincas Berro d’Água / Teresa Batista cansada de guerra / Tieta do agreste / Dona Flor e seus dois maridos<br /><br />Rachel de Queiroz (1910/)<br />Nasceu em 17 de novembro de 1910. Estreou em livro no ano de 1930 publicando o romance O Quinze , militou no partido comunista brasileiro, em 1937, foi presa por suas ideias esquerdistas.De 1940 em dainte dedicou-se à crônica jornalística e teatro.Em 1977 tornou-se a primeira mulher a pertencer à Acadêmia de artes.<br />Sua obra é marcada pelo caráter fortemente regionalista dos romances modernistas: o Ceará, sua gente, sua terra, as secas são notas constantes em seus romances. Escritos numa linguagem fluente e de diálogos fáceis, que resulta em uma narrativa dinâmica. Suas principais obras são: O quinze / João Miguel/ Caminhos de Pedra/ As três Maria. <br /><br />José Américo de Almeida<br />A obra que inaugurou a tencência regionalista foi A bagaceira publicada em 1928<br /><br />Na poesia<br /><br />Carlos Drumond de Andrade(1902-1987)/ Vinícius de Moraes(1913-1980)/ Jorge de Lima(1895-1953)/ Cecília Meirelles(1904-1964)/ Murilo Mendes(1901-1975)/ Augusto Frederico Schimidt e outros da primeira fase.<br /><br /><br /> 3ª fase – 1945 até hoje –tendências atuais – contemporânea<br /><br />Historiadores preferem reservar o nome de Modernismo para as duas primeiras fases do movimento(1922 a1930/ 1930 a1945), denominando Pós-Modernismo ao período de 45 até os nossos dias.<br />Chamaremos a terceira fase o período compreendendo entre 45 e 60, e reservar o nome de tendência contemporânea para o período compreendido de 60/70 até a atualidade. As duas designações são aceitas e correntes na história de nossa literatura.<br /><br />Características:<br />- Desenvolvimento do teatro e da crônica<br />- grande número de romancistas e contistas, voltados sobretudo para o regionalismo e a instrospecção<br />( os principais: Guimarães Rosa e Clarice Lispector)<br />- pesquisa formal – a poesia apresenta maior apuro do verso (como a de João Cabral de Melo Neto), ou busca novos processos de expresão ( como o concretismo, de Décio Pignitari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos)<br />- universalismo<br />A produção da terceira fase pode ser assim resumida, numa visão esquemática :<br /><br />a) Prosa<br /><br />Enriquecida por grande número de contos, crônicas e romances, a prosa do período dá sequência às três tendências básicas já observadas no segundo momento modernista, mas com considerável renovação formal.<br /><br />I- Prosa urbana<br /><br />Tratando do conflito entre o indivíduo e o meio social, aprece sobretudo nos contos.Dalton Trevisan é o nome mais importante surgido na terceira fase. Destacam-se ainda as crônicas de Rubem Braga e os romances e contos de Lygia Fagundes Telles.<br /><br />II- Prosa intimista<br /><br />Também chamada de prosa de sondagem psicológica, concentra-se na análise do mundo interior das personagens. Esboçada na segunda fase, a tencdência intimista amadurece, gerando textos cada vez mais complexos e penetranates. Clarice Lispector é a melhor representante dessa prosa. Destacam-se ainda Lygia Fagundes Telles e Antonio Lavo Pereira.<br /><br />III- Prosa regionalista<br /><br />Uma das tendências mais duradoura de nossa literatura, a prosa regionalista – que surgira no século XIX com Bernardo Guimarães – vai ser retomada, porém com grandes inovações temáticas e linguística. Destacam-se Herbeto Sales, Mário Palmério e Bernardo Élis. Mas nenhum deles produziu prosa regionalista tão inovadora e ousada como Guimarães Rosa, o grande renovador de nosso regionalismo.<br />É preciso não esquecer que grande parte dos escritores da fase anterior continuava em plena produção artística.<br /><br /> b) Poesia<br /><br />Os novos rumos da poesia<br /><br />A poesia atual, embora reúna artistas das mais variadas características, pode ser dividida em dois momentos: no primeiro, colocaríamos os poetas da chamada “geração de 45”, cuja intenção principal era a renovação da linguagem poética, numa depuração formal, manifestando preocupação com a objetividade na poesia e evitando o circunstancial e o anedótico. Dentre os poetas que expressavam essas concepões, devem ser, lembrados: Ledo Ivo, Geir Campos, Pericles Eugênio da Silva Ramos, Bueno de Rivera e o principal deles. João Cabral de Melo Neto.<br />No segundo momento ( a partir de 1956) teríamos o advento do Concretismo ou Poesia Concreta, que, como opróprio nome indica, pretende trabalhar com a realidade concreta do sígno linguistico, isto é , com o sgnificante (som, disposição gráfica, cor, etc.) A sintaxe passa a ser o visual, o espacial.<br />O poema enquanto expressão pessoal ou “mensagem” é abandonado em favor do poema enquanto objeto criado pela linguagem, cuja conotação resulta das próprias relações internas dos signos linguísticos.<br />Dos representantes dessa teoria temos, principalmente Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari cujas produções estão nos números da revista Noigrandes e depois na revista Invenção. Além disso houve momentos paralelos em vários lugares, como derivações das idéias do grupo básico da Noigrandes: as revistas Tendência PTYX e o grupo da poesia Praxis, cuja revista Praxis serviu como divulgadora de suas concepções. A principal figura desse grupo é Mário Chamie, que pretende revitalizar a palavra numa relação com o contexto social e extralinguístico.<br />Todas essas experiências poéticas que se ligam ao concretismo, vinculam-se a movimentos semelhantes em outras artes, como se observa, por exemplo, na pintura, na escultura, no cinema, nas experiências musicais; apesar disso, os poetas concretistas reconhecem certos antecessores como Sousândrade (do romantismo), poeta desconhecido no seu tempo e valorizado pelos modernos, além de certos textos de Carlos Drumond de Andrade e João Cabral de Melo Neto.<br /><br />A Poesia Praxis<br /><br />A Poesia Praxis tem em Mário Chamie (Lavra-Lavra – 1962; Indústria – 1967) o poeta e o teórico mais atuante, e em Cassiano Ricardo a simpatia de um modernista de 22 cioso de renovar-se.<br />O poeta do grupo Praxis vincula a palavra e o contexto extralinguístico.<br />Segundo Mário Chamie:<br />“o autor praxis não escreve sobre temas. Ele parte de áreas (seja um fato ou emoção), procurando conhecer todos os significados e contradições possíveis e atuantes dessas áreas, através de elementos sensíveis são levantados: infraestrutura e primordialmente são eles: vocabulário da área (não o ensejado pela subjetividade dominadora do autor, a sintaxe que a manipulação desse vocabulário engendra; a semântica implícita em toda a sintaxe organizada; a pragmática que daí decorre, de vez que, na mesma medida em que o autor partiu da área e seu vocabulário para chegar a um texto, o leitor pode praticar o mesmo procedimento a partir de uma dada área.”<br /><br /> João Cabral de Melo Neto<br /><br /> Informações básicas:<br />- nasceu em Recife, Pernambuco<br />- não fez curso superior<br />- diplomata<br />- maior representante na Geração 45<br />- considerado o engenheiro da palavra<br />- estreia: Pedra do Sono (1942)<br />- estilo seco e conciso<br />- obra mais conhecida: Morte e Vida Severina, conhecida também como Auto de Natal de Pernambuco<br />- imagens visuais<br />- as obras O cão sem plumas e O Rio focalizam o Capibaribe e a gente sofrida do Nordeste<br /><br />Obras:<br /> Poesia – Pedra do Sono (1942)/ O Engenheiro (1945)/ Psicologia da Composição, Fábula de Anfion e Antiode (1947)/ O Cão sem Plumas (1950)/ O Rio (1954)/ Duas Águas (os anteriores e mais Morte e Vida Severina, Paisagens com Figuras e Uma Faca só Lâmina (1956)/ Quaderna (1960)/ Dois Parlamentos (1961)/ Terça-feira (1961)/ A Educação pela Pedra (1966)/ Poemas Completos (1968)/ Museu do Tudo (1976)<br /> Prosa – Considerações sobre o poeta dormindo (1941)/ Juan Duró (1950).Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-4074587158951245942011-02-12T20:27:00.004-02:002011-02-12T20:31:43.871-02:00*> (21) Modernismo no BrasilModernismo<br /><br />1- Antecedentes<br /><br />1912- Oswld de Andrade viaja para Europa e trava contato com o Futurismo de Marinette, divulgando depois no Brasil aquele movimento inovador.<br />1913- Lasar Segall efetua, em São Paulo sua primeira exposição de pintura.<br />1914- Primeira exposição de Anita Malfatti.<br />1915- Ronald de Carvalho participa da fundação da Revista “Orfeu” início do Modernismo português.<br />1917- São publicadas várias obras com tímidas tentativas de renovação: Há uma gota de sangue em cada Poema- Mário de Andrade/ Juca Mulato –Menotti del Picchia/ Moíses–Menotti del Picchia/ A cinza das Horas – Manuel Bandeira/ Nós – Guilherme de Almeida<br />1917- Anita Malfatti faz em São Paulo, outra exposição de pintura, recebendo violenta critica de Monteiro Lobato”Paranóia ou Mistificação?”, artigo publicado no Jornal “O estado de São Paulo”<br />1920 – Victor Brecheret, elogiado escultor do “Monumento às Bandeiras” -Ibirapuera – junta-se ao grupo de intelectuais jovens de São Paulo.<br /><br />2- A Semana de Arte Moderna<br /><br />Influências: Futurismo/ Dadaísmo/ Surrealismo e Cubismo<br />Idealizador: Di Cavalcante<br />Principal Patrocinador: Paulo Prado<br />Realizada no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922<br /> Programação: 13 de fevereiro – festival de pintura de escultura<br /> 15 de fevereiro – festival de literatura e poesia<br /> 17 de fevereiro – festival de música<br />Em cada sessão houve palestras, declamações e musicais, além da exposição de artes plásticas.<br />Graça Aranha( o único da velha geração entre os moços e pertencente à Academia Brasileira de Letras) abre a primeira noite com a conferência “A emoção estética na arte moderna”<br /> A segunda noite ( a mais importante) contou com a palestra de Menotti del Picchia e apresentação de prosa e poesia moderna em meio a ruidoso comportamento do público, escandalizado sobretudo quando Ronald de Carvalho declamou “Os Sapos”, poema de Manuel Bandeira ridicularizando o Paranasianismo.<br /><br />3- Participantes da Semana<br /><br />Na literatura: Graça Aranha/ Oswald de Andrade/Mário de Andrade/ Menotti del Picchia/ Ronald de Carvalho/ Guilherme de Alemeida/ Plínio Salgado/ Sérgio Milliet/ Renato Alemeida/ Agenor Barbosa e outros<br /> Nas Artes Plástica: Di Cavalcanti/ Anita Malfatti/ Tarsila do Amaral/ Victor Brecheret/ John Graz e outros<br /> Na Música: Heitor Villa-lobos/ Guiomar Novais/ Ernâni Braga e outros<br /><br />4- Consequências da Semana de Arte Moderna<br /><br />Grupos que surgiram com orientações diversas, numa ânsia de novidade e renovação<br />Pau-Brasil – 1924 – Oswald de Andrade/ Tarsila do Amaral e Paulo Prado<br />Verdamarelismo – 1924 – Menotti de Picchia/ Cassiano Ricardo/ Plínio Salgado e outros<br />Regionalismo – 1926 – Gilberto Freire e outros(Recife)<br />Anta – 1926 – Cassiano Ricardo e outros<br />Antropofagia – 1928 – Oswald de Andrade/ Tarsila do Amaral/Raul Bopp/ Alcântara Machado e outros<br /><br />Revistas<br />- Klaxon – (SP) - a principal com nove números de 1922 a1923<br />- Estética – (RJ) – lançada por Prudente de Morais (neto), e Sérgio Buarque de Holanda, com três números de 1924 a 1925<br />- Festa – (RJ) – hesitante entre as novas liberdades formais e a tradição simbolista, com Tarso da Silveira e, depois, também Cecília Meirelles e Murilo Mendes, constituindo o grupo espiritualista.<br />- Terra Roxa e outras Terras – (SP)<br />- Revista da Antropofagia – (SP)<br />- Movimento - (RJ) - o grupo dinamista de Graça Aranha<br />- Revista – (BH) – Carlos Drumond de Andrade e outros (1925)<br />- Verde – Cataguazes - (MG)<br />- Madrugada – (RS)<br />- Arco e Flexa – (BA)Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-81231964771007331852011-02-12T20:05:00.003-02:002011-02-27T20:17:28.078-03:00*> (20) Romantismo em Portugal(1825 a 1865)Romantismo<br /><br />I – Final do século XVIII, na Europa e nas Américas, nota-se que os gêneros literários pecaram pela artificialidade. As grandes lutas e as conquistas liberais que os homens ralizaram durante o século XVIII e princípio do século XIX, somente poderiam encontrar meios adequados de expressão, fora dos modelos rígidos do Classicismo, Assim surge uma literatura transbordante, impetuosa e insubmissa fundamentada na liberdade criadora artística.<br /><br />II- O nome Romantismo vem de um certo tipo de composiçao poética de origem medieval os “romances” que eram narrativas de aventuras, heroísmo e amor.<br /><br />III- O começo do movimento romântico está situado na Alemanha e na Inglaterra, em fins do século XVIII. Desenvolve-se rigorosamente na primeira metade do século XIX.<br /><br />IV – Características gerais: imaginação/ liberdade de criação e modelos/ ausência de normas e modelos/ subjetivismo/ individualismo/ evasão ou escapismo/ consciência da solidão/ culto a natureza/ gosto pelo pitoresco/sonho/ reformismo/ idealização da mulher/ exagero/ânsia da glória/ religiosidade/ nacionalismo/ retorno ao passado/ gosto pelo noturno/ o drama substitui a tragédia e a comédia.<br /><br />V – Romantismo em Portugal (1825/1865)<br /><br />- 1825 – publicação do poema narrativo Camões, de Almeida Garrett, em que o autor apresenta um biografia sentimental do grande poeta renascentista português.<br />- 1865 – ocorrência da Questão Cimbrã, uma polêmica intelectual que envolveu escritores românticos e escritores novatos. Tem esse nome porque centralizou-se em Coimbra, cidade portuguesa que abriga uma das mais antigas universidades da Europa.<br />Nesse contexto ocorrem as primeiras manisfestações do Romantismo português que se desenvolveu em três momentos distintos:<br /><br />1º momento – escritores com características ainda neoclássicas:<br /><br />Almeida Garrett (1799/1854) – Camões (1825) / Dona Branca (1826) / Folhas Caídas (1853) poeisa / Viagens na minha Terra (1846) prosa / Frei Luís de Sousa (1844) teatro<br />Alexandre Herculano(1810/1877) – O Bobo (1843) / Eurico, o presbítero (1844) / O monge de Cister (1848) / Lendas e narrativas (1851)<br />Antônio Feliciano de Castilho (1800/18750) – A noite do castelo (1836) / Os ciúmes do bardo (1836)<br /><br />2° momento – Escritores plenamente românticos<br /><br />Soares de Passos (1826/1860) – Poesias (1855)<br />Camilo Castelo Branco (1825/1890) – Amor de Perdição (1862) / Amor de Salvação (1868) / A doida do Candal (1867)<br /><br />3° momento – Escritores de um romantismo mais contido<br /><br />João de Deus (1830/1896) – Campo de Flores (1893)<br />Júlio Dinis (1839/1871) – As pupilas do senhor reitor (1867) / A morgadinha dos canaviais (1868) / Uma família inglesa (1868) /Os fidalgos da casa mourisca (1871)Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-52204320719971380022011-01-27T17:03:00.001-02:002011-01-27T17:03:22.730-02:00*>(19) Barroco (1580/1756 – Portugal) (1601/1768 – Brasil ) (1a5)<br /><br />*>(1) Marco inicial em Portugal – 1580 – morte de Camões e Portugal passa a ser de domínio espanhol.<br /><br /> Marco inicial no Brasil – 1601 – obra Prosopepéia de Bento TeixeiraLiteratura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2799254218435901901.post-14502064621806561862011-01-27T17:01:00.000-02:002011-01-27T17:02:01.494-02:00*>(2) Portugal e Brasil<br /><br />contexto histórico - século XVII se caracteriza pela existência de conflitos de ordem religiosa, política econômica social :<br /><br />- aumento da influência da burguesia - desenvolvimento do capitalismo mercantilista<br />-Término do ciclo das grandes navegações<br />-Pessimismo reinante entre os portugueses(devido o domínio espanhol )<br />-Reforma protestante por Cavino e Lutero, que se solidificou na Inglaterra e na Holanda<br />-Contra reforma. Propunha uma volta ao medievalismo e irrestrita fé na autoridade da igreja e do rei.<br /><br />Esse retorno à visão medieval de mundo emplicaria a perda da humanidade soberana conquistada pelo homem renascentista. Confrontam-se, por isso duas forças postas TEOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO,tentando atingir a síntese, o homem da época prucura conciliar esses dois elementos, dessa tentativa resulta a tensão que marca a maneira de pensar, as concepções sociais, políticas e artísticas da época.<br /><br />As manifestações artísticas do Barroco retratam a procura de conciliação de forças antagônicas como: Bem-Mal/ Céu-Terra/ Deus-Diabo/ Pureza- Pecado/ Alegria-Tristeza/ Espírito-Carne.Literatura Cidohttp://www.blogger.com/profile/06389697330912823600noreply@blogger.com0