sábado, 12 de março de 2011

> 23 Romantismo no Brasil ( 1836/1881)

Caros alunos, aqui começamos o Romantismo no Brasil. Movimento transbordante de emoções e de grande importância para nossa cultura, pois podemos saborear acontecimentos sociais da época. Os grandes bailes, os saraus, casamentos por conveniência e a burguesia agora grande consumidora de obras de arte graças ao seu poder de compra. Aqui, começa a busca de nossa identidade nacional na literatura.




Romantismo no Brasil (1836/1881)

1836- início no Brasil - com a publicação da obra Suspiros poéticas e saudades – Gonçalves Magalhães ( na poesia) e, em 1844 A Moreninha – de Joaquim Manoel de Macedo ( na prosa)
1881 – início do Realismo/Naturalismo/Paranasianismo no Brasil com a publicação das obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis / O Mulato – Aluisio Azevedo / Fanfarras – Teófilo Dias

Principais autores

a) na poesia:

1ª geração (nacionalismo, indianismo, religiosidade)
- Gonçalves de Magalhães / Araújo Porto Alegre / Gonçalves Dias

2ª geração (byronismo ou mal-do-século) – distingui-se o Byronismo literário pela temática do tédio, do amor, da morte, da dúvida. É o ultra-romantismo, egocêntrico e mórbido, momento mais radical da peosia romântica. Os autores europeus que mais influenciaram o também chamado mal-do-século: Byron e Musset.

- Álvares de Azevedo / Casimiro de Abreu / Junqueira Freire /Fagundes Varela

3ª geração – ( poesia social ou candoreirismo) – O condoreirismo caracteriza-se como estilo vibrante e oratório, repleto de metáforas ousadas, hipérboles e antíteses,revelando temais sociais.

Castro Alves / Tobias Barreto

b) na prosa:

Teixeira e Souza / Joaquim Manuel de Macedo/ Manuel Antônio de Almeida / José de Alencar/ Bernardo Guimarães/ Franklin Távora /Visconde de Tanunay

c) no teatro

Gonçalves de Magalhães / Martins Pena / Gonçalves Dias / José de Alencar /Joaquim Manuel de Macedo

Prosa de ficção romântica

Alguns citam como iniciador o “ Filho do Pescador” (1843), de Teceira e Sousa como o primeiro romance brasileiro. Outros assim consideram “A moreninha”(1844), de Joaquim Manuel de Macedo, pois foi a primeira obra do gênero da alcançar grande popularidade.
Caraterização geral no Brasil – folocaliza tipos, ambiente e costumes locais, mas não apresenta profundidade na análise psicológica das personagens. Linguagem descritiva e emocional.


Divisão do Romance romântico

1- Romance histórico – evoca fatos do passado dentro do espiríto nacionalista do Romantismo, numa espécie de reinterpretação de episódios e vultos da nossa história. Destaques: O guarani/ As minas de Prata/ A guerra dos mascates(José de Alencar); Lendas e Romances/ Histórias e Tradição da Provincia de Minas Gerais/ Maurício(Bernardo Guimarães); O cabeleira/ O matuto,Lourenço(Franklin Távora)

2- Romance urbano – envolve tipos humanos e situações do Rio de Janeiro, abordando problemas morais e sociais. Destaques: Senhora/ Lucíola(José de Alencar); A moreninha ( Joaquim Manuel de Macedo); Memórias de um Sargento de Milícias(Manoel Antônio de Almeida); Ressurreição/ A mão e a luva/ Helena/ Iaiá Garcia(Machado de Assis)
3- Romance indianista – mostra o índio como herói, valoroso e nobre, além de elemento formador da nossa nacionalidade. Destaque: O guarani/ Iracema/ Ubirajara(José de Alencar); O índio Afonso Jupira(Bernardo Guimarães)

4- Romance regionalista – conhecido também como sertanejo enfoca o homem do interior e as pecuralidades de diversas regiões. Destaque: Inocência(Visconde de Taunay); O sertanejo/ O gaúcho/ O tronco do Ipê(José de Alencar); O ermitão de muquém/O seminarista(Bernardo Guimaraes); O cabeleira/ O Matuto,Lourenço(Franklin Távora).

Teatro - Martins Pena e outros

Antecedentes: século XVI o teatro foi colocado a serviço da catequização dos índios. Destacaram-se os autos de José de Anchieta, ligados à tradiçao medieval dos milagres e moralidades, apreciado por colonos e selvagens. Os dois séculos seguintes marcaram um afastamento completo entre a literatura teatral e o povo da colônia, sem autores de relevo. Só no século XIX o teatro brasileiro retorna à realidade social para não mais abandoná-la.
A construção, em 1813, da nossa primeira grande casa de espetáculos, O Real Teatro de São João(...) e as primeiras companhias europeias atraídas ao Rio de Janeiro pela Família Real, foram elementos decisivos na formação de ambiente próprio à criação do teatro brasileiro.
Gonçalves de Magalhães iniciou o teatro romântico com a Tragédia “Antônio José ou O poeta e a Inquisição(1838)”.
Alguns meses depois, ainda em 1838, encenou-se a primeira comédia romântica: “O Juiz da Paz da Roça” de Martins Pena.
João Caetano constituiu-se no mais importante ator da época.
Fecunda companhia em favor do teatro brasileiro foi desenvolvido por: Gonçalves de Magalhães, Araújo Porto Alegre, Martins Pena, João Caetano.
De 1838 a 1855, predominaram as comédias de costumes e os dramas históricos e sentimentais.
A partir de 1855, surgem os dramas de Casaca( teatro de atualidade, de tese social e de análise psicológica, transição para o teatro realístico, definido por volta de 1880, principalmente com Artur Azevedo).

Os Autores mais apreciados: Macedo, Alencar, Machado de Assis e França Junior.

Martins Pena- o principal teatrólogo do Romantismo e do século XIX – nasceu no Rio de Janeiro (1815) e morreu em Lisboa (1848). Origem humilde, frequentou aulas do comércio e da Academia de Belas Artes. Introduziu comédia de costumes com “Juiz da Paz na Roça (1838)
Obras:
Comédias: O juiz de paz da roça/ Um sertanejo na corte/ A familia e a festa na roça/ Os dois ou O Inglês Maquinista/ O judas em sábado da Aleluia/ O irmão das almas/ O diletante/ O noviço/ Quem casa quer casa/ Os ciúmes de um pedestre ou O terrível capitão do mato/ As desgraças de uma criança/ A barriga de meu tio/ Os três médicos.
Dramas históricos: D. João Lira ou o Repto/ D. Leonor Teles/ Itaminda ou O guereiro de Tupã/ Vitiza ou O Nero de Espanha/ Fernado ou O cinto Acusador.

Gonçalves Dias – Drama histórico- “Leonor de Mendonça”

José de Alencar – intuito moralizador - O demônio familiar(comédia)/ Mãe(drama)

França Junior – explorou o ridículo de alguns tipos da burguesia do século XIX com grande comicidade. “Como se fazia um deputado” comédia de grande sucesso.

Agrário de Meneses e Paulo Eiró – tema a escravidão.
Agrário de Meneses escreveu “Calabar” (drama em verso).
Paulo Eiró “Sangue Limpo”.

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