domingo, 22 de maio de 2011

Realismo em Portugal (1865/1890) 2col

Realismo em Portugal (1865/1890)

1865 – o poeta Antero de Quental publica seu livro de poemas Odes Modernas, considerado o marco
inicial do Realismo português.
1890- a obra Oaristos, de Eugênio de Castro, marca o início do Simbolismo em Portugal

Questão Coimbrã –Antônio Feliciano de Castilho, escreveu um posfácio à obra Poema da Mocidade,
do escritor Pinheiro Chagas, que ainda seguia rigidamente o modelo romântico. Nesse posfácio,
Castilho elogiava Chagas e acusava o grupo de jovens escritores de Coimbra – que se opunha ao Romantismo – de exibicionismo e do cultivo de temas impróprios à poesia. Antero de Quental
respondeu ao velho escritor num folheto denominado Bom senso e Bom gosto, entre outras coisas Antero ridicularizava o romancista e defendia a nova geração. Os termos utilizados por Antero não foram nada equilibrados: A futilidade dum velho desgosta-me tanto como a vravidade numa criança. V.Exª precisa menos cinquenta anos de idade, ou então mais cinquenta de reflexão. Estava criada a polêmica que evidenciava nã uma discordância de ordem pessoal entre Catilho e Antero, mas um divergência entre românticos e realistas. Daí resultou na série de Conferências do Cassino Lisbonense, palestras em que os jovens expunham ideias novas a respeito de literatura e da vida política e cultural do país. Após a quita conferência,autoridades proibiram a atuação do grupo, alegando ofensa aos princípios políticos e religiosos da nação portuguesa. Os moços de Coimbra já tinham se firmado como geração de 70 ou geração realista.

Principais autores e obras

Antero de Quental (1842/1891) – nasceu em Açores em 1842, de família aristocrática. Foi para Lisboa com 14 anos e iniciou em Coimbra seu curso de direito. Participou ativamente da Questão Coimbrã e partiu para Paris naquele mesmo ano, onde contraiu uma doença que não foi diagnosticada. Aos 49 anos, cometeu suicídio.

Obras: Antes de Odes Modernas(1865), publicou poemas em jornais e revistas. Depois três obras de publicação póstumas: Raio de extinta luz(1892), Cartas(1921) e Prosas(três volumes publicados entre 1923e 1931)

Eça de Queirós(1845/1900) – nasceu em Póvoa de Varzim, filho natural passou a infância e a adolescência longe do pai. Estudou no Porto e mais tarde formou-se em direito em Coimbra.

Obras
Romance: O mistério da estrada de Sintra(1871)/ O crime do padre Amaro(1875)/ O primo Basílio(1878)/ O Mandarim(1879)/ A relíquia(1887)/ Os maias(1888)/ A casa de Ramires(1900)/ A cidade e as serras(1901)
Escreveu ainda contos e literatura de viagens.
A produção literária de Eça de Queirós pode ser assim esquematizada:
1ª fase – obras com influência romântica. É o caso de O mistério da estrada de Sintra.

2ª fase – obra de caráter realista/naturalista. É a melhor parte de sua produção literária. Nela se enquadram O crime do padre Amaro, O primo Basílio, Os maias. Nesta fase, o autor analisa e critica principalmente a burguesia e o clero.

3ª fase – é a obra que revela meditação sobre o significado da existência humana e dos destinos da pátria. Nessa fase enquadram-se A ilustre casa de Ramires e A cidade e as serras. A proposta de volta ao campo e de cultivo dos valores nacionais são o ponto de maior realce dessa fase. Deixou contos de indiscultível valor literário. Eça de Queirós e considerado um dos maiores prosadores portugueses de todos os tempos.

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